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O que sabemos até agora sobre a febre amarela na Bahia

Detalhamos tudo o que aconteceu no surto recente da doença; veja também os sintomas e como se vacinar

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Redação iBahia

29/03/2017 às 20:25 • Atualizada em 31/08/2022 às 17:06 - há XX semanas
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Embora não transmitam a doença, a morte de macacos com febre amarela serve de alerta para os humanos. O surto do vírus em primatas fez com que o Ministério da Saúde (MS), em conjunto com secretarias estaduais e municipais, tomasse providências para conter o vírus em algumas regiões. Na Bahia, ainda não há casos confirmados em humanos, mas a morte de alguns macacos deixa todo mundo preocupado. Veja tudo o que sabemos sobre a doença no estado.
Febre amarela em macacos
14/01: Após a morte de seis macacos com suspeita da doença em Coribe, no Oeste baiano, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesab) recomendou vacinação de 100% da população de 45 municípios do estado, todos nessa região. Além das mortes em Coribe, pesou na decisão a recente suspeita de surto da doença em Minas Gerais;
24/01: O Ministério Público da Bahia (MP-BA) também se envolveu e recomendou aos prefeitos e secretários de Saúde dos municípios de Cocos, Coribe, Jaborandi, Santa Maria da Vitória e São Félix do Coribe, todos no Oeste do estado, a adoção de medidas de intensificação ao combate e controle da febre amarela;
06/03: O primeiro caso confirmado de morte de macaco por febre amarela foi na zona rural de Alagoinhas, a 120 km da capital baiana. Com a confirmação, a Sesab intensificou as ações de controle do vírus no município, liberando 100 mil doses extras de vacina;
25/03: Com o aumento de casos confirmados em animais, e suspeitos em humanos, a população começa a atacar os macacos. A cidade de Alagoinhas somou 16 mortes com sinais de violência em 50 dias;
28/03: Até este dia, 23 macacos mortos foram confirmados com febre amarela silvestre, nos municípios de Alagoinhas, Camaçari, Catu, Cordeiros, Feira de Santana, Ituberá, Nova Viçosa, Ouriçangas, Pedrão, Salvador, Santa Rita de cássia, São Felipe e São Miguel das Matas;
29/03: Após a confirmação de quatro macacos mortos com a doença em Salvador, nos bairros de Vila Laura, Paripe e Itaigara, a Sesab e a secretaria municipal (SMS) anunciam uma intensificação na campanha de vacinação da capital.
Febre amarela em humanos
23/01: O Ministério da Saúde divulgou que a Bahia notificou sete casos suspeitos de febre amarela no estado. Destes, um foi descartado e seis ainda estavam em análise;
24/01: Primeira morte com suspeita de febre amarela é registrada na Bahia, em Cândido Sales, no Sul do estado. A vítima trabalhava em Minas Gerais, mas morreu no hospital municipal da cidade baiana;
02/02: Sobe para dez o número de notificações da doença na Bahia. Segundo o MS, nove ainda estavam sob investigação e um já tinha sido descartado;
02/03: Casos suspeitos de febre amarela na Bahia sobem para 16. Os casos foram registrados em oito municípios: Feira de Santana (1 caso), Itiúba (1), Coribe (4), Teixeira de Freitas (3), Itamaraju (2), Mucuri (1), Nova Viçosa (1) e Ilhéus (1). Destes, sete já haviam sido descartados por exames de laboratório (4 em Coribe, 1 em Mucuri e 2 em Teixeira de Freitas);
28/03: Segundo a Sesab, não houve alteração nos números anteriores.
Vacinação
Em alguns municípios do extremo Sul e do Sudoeste do estado, que estão com recomendação de vacinação, a cobertura está entre 74 e 76%, de acordo com a Sesab. Em Alagoinhas, onde a recomendação é mais recente, a cobertura está em 64%. Mas há cidades grandes em que o alerta foi ligado nos últimos dias. São elas Salvador, que pretende vacinar 1,7 milhão de pessoas; Feira de Santana, 355 mil; e Camaçari;
29/03: Após a confirmação de quatro macacos mortos com a doença em Salvador, as secretarias estadual e municipal de Saúde resolveram intensificar a campanha de vacinação na capital. Veja quem deve se vacinar e, se você mora em Salvador, quais postos têm a vacina.
A doença
A febre amarela é uma arbovirose, ou seja, uma doença transmitida somente por meio de picadas de insetos, não havendo outro meio de transmissão. Ela pode ser adquirida de duas maneiras, o que define os "tipos" da doença, silvestre ou urbana.
A Febre Amarela Urbana não acontece no Brasil desde 1942. Ela é caracterizada pela transmissão do vírus através do Aedes aegypti, o mesmo da dengue e da zika. O Aedes pica um humano doente, e depois pica um humano saudável, transmitindo o vírus.
Já a Febre Amarela Silvestre, a do surto recente, é transmitida através de outros mosquitos, dos gêneros Haemagogus ou Sabethes. Estes mosquitos não andam em meio urbano, por isso que esse tipo de febre amarela acontece nas zonas rurais, em matas ou na beira de rios. Apesar desses mosquitos picarem humanos, é mais comum que eles piquem animais, como macacos.
Sintomas

Segundo o infectologista Alfredo Passalacqua, quem contrai vírus da febre amarela não costuma apresentar sintomas ou, quando aparecem, são muito fracos. “As primeiras manifestações da doença apresentam-se com febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça e muscular. Apresentam também náuseas e vômitos por cerca de três dias e, em sua forma mais grave, após um pequeno período de melhora, reaparecem sintomas de quadros de insuficiências hepática e renal, olhos e pele amarelados (icterícia) e manifestações hemorrágicas”, detalha.

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