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BAHIA

OAB-BA pede nomes de responsáveis por movimentação de R$ 145 milhões

Tribunal da Bahia é o terceiro estado com maior fração em movimentação ‘atípica’

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17/01/2012 às 14:52 • Atualizada em 06/09/2022 às 11:29 - há XX semanas
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O Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, na Bahia, Saul Quadros, encaminhou, nesta segunda-feira (16), um ofício à Presidente do Tribunal de Justiça da Bahia, Telma Britto, pedindo a identificação dos responsáveis por terem feito movimentações financeiras no órgão na ordem de R$145,4 milhões. "Para que a dignidade da magistratura baiana seja mantida, impõe-se que se dê conhecimento ao público o(s) nome(s) do(s) beneficiado(s) com aquele valor, sejam magistrados ou servidores, e a razão dos valores que lhe(s) fora(m) atribuído(s)", pontua o Presidente no referido documento. Ao final, Saul Quadros destaca que o Poder Judiciário "precisa ser preservado e, muitas vezes, ''cortar na própria carne'', para que sua dignidade não seja maculada por uns poucos que não são dignos da toga". O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) encaminhou ao Supremo Tribunal Federal uma relação de movimentações financeiras atípicas de mais de R$ 850 milhões de reais, entre 2000 e 2010 feitas por tribunais estaduais. As operações atípicas concentram-se nos Tribunais de Justiça da Bahia, São Paulo e Rio de Janeiro. Com o valor de R$ 145,4 milhões, o tribunal da Bahia é o terceiro estado com maior fração em movimentação ‘atípica’. No Rio de Janeiro, só no ano de 2002, uma pessoa relacionada ao Tribunal Regional do Trabalho movimentou, segundo o CNJ, quase R$ 283 milhões. No Tribunal de São Paulo, as operações somam quase R$ 170 milhões. O relatório foi feito a pedido da Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça. Mas as associações de magistrados conseguiram suspender as investigações sobre um possível enriquecimento ilícito de juízes e desembargadores. A corregedora Eliana Calmon diz que não houve quebra de sigilo. Não teve acesso a nome, CPF de magistrados ou servidores.

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