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Pai de menino que morreu em Brotas saiu para hospital, diz tio

Antes de acidente com filho, Rafael Yokoshiro, 30 anos, teria procurado socorro numa emergência ao sentir dores na perna

• 24/11/2015 às 18:03 • Atualizada em 01/09/2022 às 6:12 - há XX semanas

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Cristiano Gouveia, tio do menino Guilherme Oliveira Yokoshiro, 5 anos, que morreu nesta terça-feira (24) depois de cair do 6º andar do prédio em que morava, em Brotas, disse que o pai do garoto saiu na madrugada para ir a uma emergência médica. Segundo Cristiano, o engenheiro Rafael Yokoshiro, 30 anos, teria ido a um hospital depois de sentir dores na perna. Ele não disse em qual unidade médica o engenheiro foi atendido."Rafael está muito triste, abalado e confuso. Não havia problema entre eles. É algo muito insólito", disse Cristiano, primo da enfermeira Carla Verena Oliveira, 33 anos, mãe de Guilherme.
Polícia esteve no prédio na manhã desta terça para analisar imagens de câmeras e ouvir vizinhos (Foto: Amanda Palma)
Segundo a delegada titular da 6ª Delegacia (Brotas), Maria Dail, o pai do garoto passou cerca de duas horas fora de casa e que a criança deve ter caído no período em que estava sozinho. “Por volta de 1h42, ele sai tranquilo, de bermuda e boné. A gente vê ele saindo com o carro. E depois a gente vê ele voltando, por volta das 3h40. Calcula-se que a criança caiu por volta das 3h, 3h30, pouco antes de ele (o pai) chegar em casa”, afirmou.De acordo com a delegada, a queda do menino pela janela de um quarto, que teve a tela de proteção cortada, pode ter sido um acidente. “As imagens mostram quando ele chega em casa, no elevador, e cerca de dois minutos depois, ele volta depressa, desesperado, provavelmente quando ele viu o corpo da criança lá embaixo. A gente está tentando aperfeiçoar a imagem do parquinho que, infelizmente, não está boa”, disse a delegada.Após descer, segundo a delegada, as imagens mostram Rafael voltando com o corpo para casa. É nesse momento que os vizinhos se mobilizam e ligam para a polícia e para o Samu. “Com os gritos do pai, os vizinhos chamam a polícia e o Samu por volta das 4h. A mãe só chega com uma amiga desesperada, mais de 4h. Os vizinhos dizem que eles ficaram trancados no apartamento por alguns minutos”, disse a delegada.Depoimento Até o momento, nenhum familiar foi ouvido, apenas funcionários do prédio e vizinhos, entre eles, uma moradora que ouviu os gritos do pai e ainda avistou o corpo da criança no parquinho. O pai do garoto ainda não foi ouvido pela polícia e a expectativa é de que o depoimento dele seja colhido após o sepultamento de Guilherme, marcado para as 16h30, no cemitério Jardim da Saudade.“Eu não estive com ele pessoalmente, mas a minha colega, a doutora Elaine (que fez o levantamento cadavérico) me disse que ele estava muito abalado e não conseguiu falar. Apenas repetia que o filho morreu. Agora está na casa de uma parente, descansando, mas deve ser ouvido ainda hoje”, garantiu Maria Dail.A delegada disse ainda que Guilherme pode ter ficado nervoso ao perceber que estava em casa sozinho e ter cortado a rede de proteção com uma tesoura escolar que foi encontrada no quarto de onde ele teria caído. Rafael e o filho dormiam juntos no quarto do casal, antes de o pai sair de casa. A cama fica próxima à janela onde a rede de proteção foi cortada. A tesoura encontrada no quarto foi levada para perícia.Ainda de acordo com a polícia, o corpo não apresentava lesões e nenhum vizinho ouviu choro de criança antes do acidente, nem presenciou a queda.
Correio24horas

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