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BAHIA

Parados há três meses, professores da Ufba decidem manter greve

Ao todo, 156 professores votaram pela manutenção da greve e 12 contra

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29/08/2012 às 16:51 • Atualizada em 31/08/2022 às 20:06 - há XX semanas
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Os professores da Universidade Federal da Bahia (Ufba) decidiram manter a greve da categoria, que completa três meses nesta quarta-feira (29). Em assembleia realizada no início da tarde desta quarta, no auditório da Faculdade de Arquitetura da Ufba, na Federação, os docentes rejeitaram o aumento oferecido pelo governo. Segundo o professor Miguel Acioly, do Comando da Greve, ao todo, 156 professores votaram pela manutenção da greve e 12 contra. A paralisação foi iniciada em 29 de maio e oficializada pelo sindicato da categoria no final de junho. “Nós entendemos que a luta continua. Com a negociação saindo do Ministério do Planejamento e da Educação, esperamos que vá para o Congresso. Dia 31 é a data limite para o governo enviar o projeto para o Congresso emendar e reformar a lei de reestruturação da carreira”, diz o professor. O governo encerrou as negociações com os servidores públicos federais em greve no último domingo (26). O Ministério do Planejamento deu prazo até esta quarta-feira (29) para que os representantes das categorias assinem os acordos concordando com o reajuste de 15,8%, dividido em três anos. As categorias que não concordarem ficarão sem aumento. No caso dos professores, a proposta do governo é de reajustes que variam entre 25% e 40%, nos próximos três anos, e redução do número de níveis de carreira de 17 para 13. Ainda de acordo com Accioly, a contraproposta aprovada em assembleia conjunta das universidades em greve pelo país está mantida. No documento, que foi protocolado junto ao Ministério da Educação (MEC) e ao Ministério de Planejamento, os percentuais são fixos para retribuição de titulação e os regimes de trabalho. Para a categoria, dessa maneira haveria uma reestruturação da carreira, reduzindo a disparidade entre as classes. O impacto orçamentário da contraproposta é da ordem de 9,4 bilhões para atender cerca de 134 mil docentes, o gasto por docente seria da ordem de R$ 7.014 em dois anos (2013/2014). Os professores também reclamam que a proposta do governo não recupera as perdas salarias acumuladas em 2010 e em 2012. A próxima assembleia dos docentes da Ufba ainda não foi definida. Instituto de Biologia e servidoresOs professores do Instituto de Biologia da Ufba já haviam decidido sair da greve na terça-feira passada (21). As aulas, no entanto, ainda não foram retomadas. Os docentes do instituto pediram ao Conselho Universitário (Consuni) e ao Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFBA (Consepe) que seja aprovado um calendário de reposição das aulas, se possível, até 31 de agosto. Os servidores técnico-administrativos da Ufba e da Universidade Federal do Recôncavo (UFRB) também encerraram a paralisação iniciada no dia 18 de junho. Segundo Paulo Vaz, coordenador jurídico do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos da Ufba e UFRB (Assufba), foi aceita a proposta de 15% de reajuste, divididos em aumentos de 5% nos anos de 2013, 2014 e 2015. No início deste mês, a Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes), que representa a minoria da categoria, aceitou o acordo com o governo. Já o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), que representa o Comando da Greve da Ufba, rejeitou o acordo e apresentou uma contraproposta ao governo. Matéria original: Correio 24h Parados há três meses, professores da Ufba decidem manter greve

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