A Polícia Federal e o Ibama realizam na manhã desta terça-feira (8) a segunda fase da Operação Ibirapitanga II, contra uma organização criminosa especializada na exploração e comércio ilegal de pau-brasil e outras espécies ameaçadas de extinção. Os mandados foram cumpridos na Bahia, Rio de Janeiro, Alagoas e Espírito Santo.
A orgnaização, de acordo com a PF, usava o material extraído ilegalmente para fabricar instrumentos musicais de corda, como arcos de violino. A estimativa é que o grupo tenha lucrado ilegalmente mais de R$ 370 milhões. As investigações apontaram que o material era comercializado no exterior sem qualquer controle das autoridades brasileiras.
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Na Bahia, os mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Camacan, no sul do estado. Além da cidade baiana, a operação foi realizada em Domingos Martins, Santa Teresa, Linhares, João Neiva e Aracruz, no Espírito Santo; São Gonçalo, no Rio de Janeiro; e Coruripe, em Alagoas.
A operação conta com 50 agentes do Rio de Janeiro, Bahia e Alagoas, além de 32 servidores do Ibama e policiais federais do Espírito Santo, devido à grande quantidade de mandados a serem cumpridos.
Entenda o caso
A Polícia Federal informou que as nvestigações começaram após ações de fiscalização realizadas pelo Ibama no âmbito da Operação “DÓ RÉ MI” que resultaram em apreensões de mais de 42 mil varetas de Pau-Brasil, além de mais de 150 toretes. Em 2021, quando foi deflagrada a primeira fase da Operação Ibirapitanga , foram apreendidas outras 32 mil varetas e 85 toretes.
As investigações apontaram também que a atuação criminosa consistia em beneficiar o Pau-Brasil extraído clandestinamente de Unidades de Conservação Federal, especialmente do Parque Nacional do Pau-Brasil, localizado na Bahia, visando a comercialização do produto acabado em formato de arcos de violino e contrabaixo, ou mesmo na forma de varetas (produto não finalizado) para o exterior, sem qualquer controle das autoridades brasileiras, mediante a burla nos canais de fiscalização da Receita e do Ibama.
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Redação iBahia
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