A Polícia Civil da Bahia segue em busca do quarto suspeito que participou da chacina da cidade de Mata de São João. Nove pessoas morreram na ação criminosa. Segundo informações da corporação, a investigação está em andamento e diligências são realizadas diariamente em busca do homem, que fugiu por uma região de mata.
Dos outros três homens que participaram do crime, um foi preso e outros 2 morreram em confronto com a polícia na terça-feira (29). Foram apreendidos com o trio: duas pistolas, carregadores, munições, rádios comunicadores e porções de drogas. Todo material apreendido foi encaminhado ao Departamento de Polícia Técnica (DPT).
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Como aconteceu o crime?
A chacina aconteceu por volta das 16h de segunda-feira (28) na localidade conhecida como Portal do Lunda, na zona rural de Mata de São João. Dos nove mortos, cinco estavam em estado de completa carbonização, dois parcialmente carbonizados e dois sem queimaduras, mas com ferimentos de arma de fogo. Até a manhã desta quarta-feira (30), apenas duas das pessoas estavam sem identificação. Ainda não há informações sobre velórios e sepultamentos das outras vítimas.
Duas pessoas sobreviveram ao ataque: um adolescente de 12 anos e um bebê com cerca de um ano e meio a dois anos. A criança já foi resgatada pelo pai. A polícia não detalhou como ocorreu o resgate da criança. Já o jovem segue internado na ala de queimados do Hospital Geral do Estado, em Salvador. Ele teve queimaduras em mais da metade do corpo e, segundo a política, está em estado "gravíssimo". Ele prestou depoimento a polícia.
Em conversa com a polícia, o garoto de 12 anos explicou que conseguiu se esconder debaixo de uma cama e não foi visto pelos criminosos. Apesar de estar com ferimentos causados pelo fogo, ele conseguiu sair na rua pedindo socorro e bateu em algumas casas, até ser acolhido por essas duas moradoras, que foram encontradas mortas, com marcas de tiros, no segundo imóvel.
"Essas duas senhoras são verdadeiras mártires dessa barbárie. Elas abriram a porta para essa criança, oportunidade em que os executores perseguiram a criança mataram as senhoras [...]. A priori, elas morreram como efeito colateral da primeira ação, na primeira casa onde morreram sete pessoas", afirmou, destacando que no segundo imóvel não havia indícios de fogo, nem outros ocupantes.
A principal linha de investigação é de crime de passionalidade. A informação foi confirmada durante uma coletiva na manhã de terça-feira (29). A ação foi ciúmes do mandante contra uma das vítimas identificada como Preá, que era procurado pelos órgãos de segurança e estava na primeira casa junto com mais nove pessoas, dessas 7 morreram.
Preá era ex "da atual namorada do mandante do crime". A mulher, que não teve o nome divulgado, tinha um relacionamento com o principal suspeito, que morreu nesta terça-feira (29), em confronto com a polícia.
"Entre as vítimas, está uma senhora de prenome Cristiane, que é a mãe da atual namorada do executor", disse a delegada.
Cristiane e Preá estavam juntos na casa incendiada, com mais três crianças, dois adultos, um bebê, e um adolescente de 12 anos. As três crianças e o adolescente são irmãos da mulher que namorava com o mandante do crime, que estava fora de casa quando tudo aconteceu.
As outras duas vítimas do crime foram as duas mulheres, que socorreram o adolescente. Além do Departamento de Polícia Metropolitana (Depom), policiais dos Departamentos Operacionais da Polícia Civil integram as investigações. A Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) determinou o reforço do policiamento na região onde as vítimas foram mortas.
Redação iBahia
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