"Se tratando de política tudo é possível, mas não acredito que o PT fique de fora na disputa de chapa, pois tem grandes nomes. Eu defendo uma tese de que a militância do partido não é só para levantar bandeira, colocar adesivo no peito e ir para a rua. É preciso participar efetivamente. Para se ter uma ideia, de três em três meses eu fazia uma plenária do partido, com 30, 40, 50 pessoas e passava a tarde toda discutindo com o partido e com a população. Diversas vezes ouvi a sociedade para saber aonde eu precisava melhorar. Fazia pesquisas para saber o que precisava ser corrigido. Então eu tenho certeza que até o final do ano, que já está perto, sairá um nome do partido para contribuir sendo o sucessor do governo Wagner", disse.
Caetano, que geriu a cidade do Polo por dois mandatos e foi o primeiro prefeito a emplacar um sucessor, ainda aproveitou a oportunidade para elogiar, de forma discreta, o trabalho de Ademar Delgado, atual gestor do município.
"Neste último final de semana eu conversei muito com o presidente Lula e ele disse que não pode dar muita opinião sobre o governo (Dilma), porque não está mais no governo. Fica chato. Então eu penso a mesma coisa com relação a prefeitura de Camaçari. O Ademar é uma pessoa trabalhadora, muito séria. Tenho gostado da prefeitura de Camaçari e entendo que aos poucos ele vai vencendo a exigência da sociedade. Não é fácil", afirmou.
Ao enaltecer seus próprios feitos, o ex-prefeito também achou espaço para comentar uma das obras que ficaram por fazer na cidade: a retirada dos trilhos do trem, muito pedida pelos camaçarienses. "É uma obra estruturante, difícil. Para você ter ideia, eu comecei na prefeitura de Camaçari em 2005. Até então, a cidade só tinha duas passagens. Andava travada o tempo todo. Passei dois anos para conseguir uma autorização da FCA, que administra a linha férrea, para fazer mais quatro passagens de níveis na cidade. E fiz. Melhorou muito a conexão, o trânsito. Nós saímos de 20 mil carros para quase 70 mil carros. Se para isso foi essa burocracia, imagine para retirar os trilhos. Conseguir recursos do governo federal, fazer orçamento, tudo isso com a oposição batendo, batendo, batendo. É complicado", explicou.
E ainda sobrou para Salvador. Segundo Luiz Caetano, a capital baiana peca muito por ter uma orla defasada com relação as outras no país e para ele, a costa soteropolitana precisa ser referência. "Salvador tem a orla mais feia do Brasil. Se você for em Aracajú, Maceió, Fortaleza, Recife, é outra coisa. É uma vergonha o que temos aqui. (A orla de Salvador) Tem que ser o nosso cartão postal para o mundo, porquê simplesmente é a cidade do Salvador", pontuou.
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