Dividido em duas etapas, o fórum contou com temas como "A infraestrutura existente e projetada na perspectiva do governo federal e estadual", "A política de meio ambiente e os processos de licenciamento ambiental na Bahia na perspectiva do Governo do Estado e do setor privado", "Perspectivas da economia brasileira" e, por fim, foram debatidas as oportunidades de investimentos na Bahia.
O último tema, aliás, teve como condutor o presidente da FIEB, José de Freitas Mascarenhas, que iniciou o assunto com uma contextualização da Industrialização no estado, falando sobre as áreas em potencial, como Petróleo e Petroquímica; onde destacou a importância do setor na matriz industrial do estado; Mecânica e Naval, destacando a Base Naval de Aratu como fonte de inspiração para novos negócios na área; Mecânica e Automotiva, citando a Ford e a Jac Motors como exemplos, uma vez onde a presença das empresas viabilizaria a possibilidade de instalação de novas indústrias de autopeças. As áreas de Mineração e Metalúrgica; Celulose e Papel; Energia Eólica; Agroindústria (alimentos e bebidas); Tecnologia da informação e comunicação, onde foram destacados os trabalhos realizados no Polo de Ilhéus, que estaria entre os maiores produtores de base de computadores no país, competindo com a cidade de Manaus, além das oportunidades de Infraestrutura, que segundo Mascarenhas, serve como base para todo o resto dos investimentos, também foram debatidas.
"Essa é uma área muito importante. Para abrigarmos essa estrutura, precisamos de infraestrutura. Precisamos tirar essa preocupação do empresário. Precisamos fazer com que ele se volte exclusivamente para o seu negócio", disse, antes de citar o Porto de Aratu como exemplo de grande estrutura pouco aproveitada. "Precisamos fazer de Aratu um porto moderno, que sirva à Bahia".
Ferrovia de Integração Oeste-Leste "atrasada" A demora na construção da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) também foi criticada pelo gestor, que apontou falhas na administração das obras. "Não dá para entender por que (a ferrovia) tenha uma execução tão difícil. Não falta dinheiro, não falta tempo. O que falta é projeto, planejamento, capacidade de gerir com competência", disparou.
Outro ponto citado por Mascarenhas foi a evolução no Centro Integrado de Manufatura e Tecnologia (Cimatec), onde investimentos estão sendo feitos para tornar a empresa "o maior centro de formação industrial da região".
Já Paulo Morais, presidente da LIDE, falou sobre a importância do fórum para o estado. De acordo com ele, a proposta do evento é fazer com que os empresários "vendam" melhor a Bahia para o restante do país e para o mundo. Para Paulo, apenas o Carnaval e as praias são destacadas pelos empreendedores, fato que pode prejudicar a região no quesito possibilidade de negócios.
"O Fórum vem nessa proposta. Acho que a gente tem que falar para os outros estados o que nós temos de bom, além do Carnaval e das nossas praias. O desafio é esse: mudar esse conceito cultural", explicou.
Ainda segundo Morais, outro objetivo do Fórum é "demonstrar as oportunidades existentes e fazer os empresários perceberem as grandes oportunidades que existem no estado".
Na visão de Mascarenhas, que também é engenheiro civil e ocupa os cargos de diretor da Odebrecht e vice-presidente da CNI, o Fórum chega "basicamente para proporcionar desenvolvimento econômico" na Bahia. "O estado da Bahia tem uma riqueza natural. O setor industrial é moderno, sem esquecer que ele traz renda", concluiu.
A ideia é que o Fórum de Oportunidades de Investimento aconteça uma vez por ano.
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