Na próxima terça-feira, dia 13 de setembro, o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC) notificará a abertura do processo de tombamento cultural do edifício e do acervo abrigado pelo Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB). O pedido havia sido feito anteriormente pelo próprio IGBHB, criado em 1894, levando em conta a sua história e o protagonismo na preservação da memória do estado da Bahia e também do Brasil. Atualmente, o Instituto possui mais de 40 mil livros, documentos e móveis antigos, retratos e pertences de personalidades baianas, peças do Cortejo 2 de Julho e outras relíquias que perfazem parte significativa da história baiana. O atual prédio, localizado na Piedade, Centro de Salvador, é uma realização do arquiteto italiano Júlio Conti, radicado na Bahia entre as décadas de 10 e de 20 do século passado. O prédio é um das últimas obras do país que reúnem uma construção eclética, mesclando elementos de linguagem clássica com traços contemporâneos. Uma equipe de historiadores, sociólogos, arquitetos, fotógrafos e outros técnicos terá agora o desafio de justificar o tombamento, colhendo dados que ateste a importância histórica e arquitetônica do IGHB. Uma vez finalizada essa etapa, o dossiê será entregue ao Conselho Estadual de Cultura da Bahia (CEC), que pode acatar ou não a iniciativa, sugerindo melhorias. Depois desse processo, o secretário de Cultura envia ao governador o parecer técnico e o aconselhamento para que decida sobre o tombamento e determine a publicação do decreto no Diário Oficial do Estado.
Tombamentos na Bahia Cerca de 60 municípios baianos possuem algum mecanismo de proteção aos seus bens culturais. É o que aponta o censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No total, já foram tombados até hoje 171 monumentos e imóveis de importância histórico-arquitetônica para a Bahia. Nesse ínterim foram catalogadas sete manifestações populares como bens imateriais da Bahia como a Festa de Santa Bárbara, Desfile dos Afoxés, Carnaval de Maragojipe, Cortejo 2 de Julho e Festa da Boa Morte. Uma vez que seja registrado ou tombado oficialmente pelos poderes públicos, o bem cultural passa a ter prioridade nas linhas de financiamento municipais, estaduais, federais e até internacionais.
Construção arquitetônica e acervo do Instituto podem ser tombados |
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