Procon divulga a lista das 30 mais citadas pelos consumidores

De acordo com o coordenador técnico do Procon-BA, Felipe Vieira, as empresas que estão no cadastro negativo do órgão serão punidas com aplicação de multas que variam de R$ 600 a R$ 6 milhões, a depender da gravidade, reincidência e porte econômico.

“São empresas que têm mudado a forma como encaram seus consumidores, mas ainda não fizeram o suficiente para mostrar que respeitam parte ou o todo do Código de Defesa do Consumidor”, pontua.

Ao todo, o Procon-BA registrou 77,910 mil atendimentos em todo o ano de 2016. As reclamações mais recorrentes no período foram referentes a produtos, com quase metade das denúncias (43,04%). Nesta categoria, o celular é o produto com maior registro de queixas. Logo em seguida estão os serviços essenciais de água, luz e telefonia (22,81%) e os assuntos financeiros (17,80%). As reclamações relativas a bancos e cartões de crédito foram as que mais cresceram na comparação com o ano anterior, com alta de 2,62%.

O CORREIO ouviu as cinco empresas com maior volume de queixas registradas pelos consumidores. Com 728 reclamações fundamentadas, a Embasa disse que “vem investindo na aproximação com as instâncias de defesa do consumidor para aperfeiçoar sua relação com o usuário”. “A empresa conta com uma equipe interna de atendimento exclusivo para as demandas do Procon. Em 2014, a Embasa assinou um Termo de Compromisso com o Procon, que permite o acesso online aos registros, o que dará mais celeridade à resolução das queixas”, afirmou em nota.

A Oi, com 662 reclamações, destacou os avanços nos índices de qualidade. “Na comparação entre o quarto trimestre de 2016 e igual período de 2015, a companhia reduziu em 57% o número de novos processos. Nos Procons, as reclamações também caíram 18% na comparação entre estes trimestres”, escreveu em nota.

A Casas Bahia e o Ponto Frio - ambas as marcas do Grupo Via Varejo - somaram 621 queixas. “A empresa tem promovido, desde o segundo semestre do ano passado, um plano estruturado de revisão de processos internos, cujos resultados serão melhores percebidos pelos clientes nos próximos meses”, disse por meio de sua assessoria.

Na quarta posição, a Insinuante (agora Ricardo Eletro) também comentou o seu desempenho no ranking. “A Ricardo Eletro comunica que tem feito investimentos robustos no setor de atendimento ao cliente com o objetivo de proporcionar ao público a melhor experiência de consumo. No primeiro trimestre de 2017, houve uma queda de 30% na quantidade total de queixas dos clientes em relação ao mesmo período do ano passado”, afirmou a empresa em comunicado.

A Coelba, em quinto lugar no ranking, ressaltou o “tratamento feito com brevidade pela empresa em todas as reclamações registradas nos canais de atendimento e órgão de defesa do consumidor”. “A Coelba responde sempre em até três dias ainda que o prazo do Procon seja de 10 dias”, disse ao CORREIO o gerente de atendimento da concessionária, Carlos Morais. “A melhoria da qualidade dos nossos processos é contínua”.

Bradesco, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal lideraram o ranking das instituições financeiras que mais receberam reclamações dos clientes no primeiro bimestre de 2017, segundo levantamento do Banco Central. No topo da lista está o Bradesco, com índice de reclamações de 17,28. Foram 1.598 reclamações consideradas procedentes em janeiro e fevereiro sobre uma base total de 92.474.594 clientes.

Na segunda vem o BB com índice de 17,25 (1.024 reclamações procedentes e 59.336.099 clientes). Em seguida está a Caixa, com índice de 15,37, resultado de 1.286 reclamações procedentes numa base de 83.628.417 clientes. O campeão de queixas registradas é o item “irregularidades relativas à integridade, confiabilidade, segurança, sigilo ou legitimidade das operações e serviços”. O assunto gerou 790 reclamações.

As denúncias podem ser feitas em um dos postos de atendimento. É possível fazer a reclamação ainda por meio do aplicativo do órgão ou pelo e-mail [email protected].

O consumidor pode entrar no site, onde é possível buscar a reputação da prestadora de serviços, avaliar a empresa ou mesmo receber uma resposta dela.

O site do Ministério da Justiça permite que o consumidor se comunique diretamente com empresas participantes, que se comprometeram em analisar e responder as reclamações a quem fez em um prazo de até 10 dias.

No site do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, www.idec.org.br, você pode ter orientações e fazer reclamações ao se sentir prejudicado por uma empresa ou prestadora de serviços.

Na sessão Reclame, do site da Proteste, o consumidor pode enviar uma reclamação diretamente para a empresa e pedir a intervenção de um dos especialistas do site. Basta acessar a página www.proteste.org.br/reclame.

Associação do Movimento das Donas de Casa

A associação orienta sobre como proceder em caso de se sentir lesado por uma quebra de contrato ou desrespeito de outros direitos. Fone: (71) 3356-7382.

A Superintendência de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-BA) realiza até amanhã, na unidade montada no Shopping Center Lapa, um mutirão de atendimento com orientações relacionadas aos direitos do consumidor e à resolução de conflitos nas relações com as empresas. Os serviços serão oferecidos das 9h às 16h, no piso L3 do centro de compras, próximo à loja da Ortobom.

De acordo com o último balanço divulgado pelo órgão que iniciou o mutirão na segunda-feira, foram realizados 350 atendimentos. Em 80% dos casos, os acordos foram firmados de imediato. Coelba e Embasa foram as empresas com maior registro de queixas no plantão.

“Durante toda a Semana do Consumidor, vamos contar com a presença das empresas mais demandadas para que a gente possa mediar a resolução imediata desses problemas junto ao consumidor”, destaca o coordenador técnico e administrativo do Procon-BA, Felipe Vieira.

A superintendência é apenas um dos caminhos pelos quais o consumidor pode buscar ajuda, caso se sinta lesado por algum produto ou serviço, como explica o advogado sócio da Santos & Novelli Advocacia e Consultoria, Breno Novelli. “A princípio, existem os órgãos administrativos como o Procon que podem mediar esta conciliação. Mas o consumidor também pode fazer isso via esfera judicial, nos juizados especiais ou na Justiça comum”.

No entanto, antes de buscar a Justiça ou órgão de defesa do consumidor, o especialista recomenda que o cliente procure os Sacs das empresas. “Registre uma reclamação direta nestes canais de atendimento. Vale tentar chegar a um acordo”, ressalta Novelli.

Serviço:

Quando: Até sexta-feira (17), no horário das 9h às 16h.

Onde: Shopping Center Lapa, no 3º piso, próximo à loja Ortobom.

Documentos necessários: Documentos de identificação com foto, notas fiscais ou mais elementos que comprovem a relação de compra ou a prestação do serviço.

Mais informações: (71) 3116-8521