Professores da rede municipal de ensino em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador, ocuparam a sede da Câmara dos Vereadores nesta terça-feira (3) com o objetivo de impedir a leitura e aprovação de um projeto de lei encaminhado pela prefeita para a Casa que estabelece o piso salarial da categoria. De acordo com Valdir Silva, coordenador do sindicato da categoria, que está em greve, o projeto da prefeita Moema Gramacho reduz o valor da gratificação dos professores e incorpora a diferença ao salário base da categoria com o objetivo de atender a Lei do Piso Salarial, determinado pelo Ministério da Educação, que garante o piso de R$ 1451. "A manobra da prefeita não nos garante nenhum ganho real", explicou o sindicalista, que pretende impedir a leitura e aprovação do projeto pelos vereadores em uma sessão extraordinária que acontecerá nesta quarta-feira. "A prefeita tem o apoio de 10 dos 12 vereadores para aprovar o projeto, portanto queremos impedir que ele seja analisado antes do dia 10 de abril", data limite para reajustes salariais em prefeituras, segundo lei eleitoral. Início da greveOs professores iniciaram a greve na última segunda-feira (2). A decisão foi tomada após uma assembleia, na Associação dos Funcionários Públicos do Estado da Bahia (AFPEB), na última sexta-feira (30). Na semana passada, os professores já haviam realizado uma paralisação de 72h em protesto às contrapropostas que o governo municipal teria apresentado ao sindicato. A secretária municipal de Educação, Suely Calixto, lembra que Educação não se resume ao salário do professor. “È preciso levar em conta a capacidade de pagamento do município sem prejudicar outras despesas, como a manutenção das escolas, qualificação dos professores e o apoio aos alunos”. Segundo ela, hoje o município compromete todo o Fundeb com o pagamento da folha da Educação e ainda complementa com recursos do tesouro municipal. Ainda nesta segunda, o sindicato rejeitou a proposta e manteve a greve por conta da pauta de reivindicação relacionada à manutenção de adicionais, que eram praticados enquanto não se definia o piso salarial. Mais de 30 mil alunos da rede municipal estão sem aula.
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