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Programa de financiamento da Petrobras vai beneficiar 9 mil empresas na Bahia

O Progredir, que já foi lançado em outros estados, tem a expectativa de reunir mais de 250 mil empresas na cadeia

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20/09/2011 às 10:54 • Atualizada em 29/08/2022 às 11:39 - há XX semanas
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Gabrielli retorna a Salvador para lançar programa
Um sistema de crédito que incentiva o crescimento das empresas fornecedoras da Petrobras e reduz em até 40% os custos de um financiamento para estas empresas-parceiras. São estes os objetivos do programa Progredir, que será lançado hoje, pelo presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, às 14h, em Salvador. Se antes as companhias que forneciam bens materiais, equipamentos ou serviços para o setor de petróleo e gás não tinham uma linha específica de crédito, agora, por terem contratos com a Petrobras e por contarem com a avaliação da empresa estatal no site do programa Progredir, as empresas têm facilidades de prazos, taxas e rápida aprovação dos financiamentos. O Progredir, que já foi lançado em outros estados, tem a expectativa de reunir mais de 250 mil empresas na cadeia. O programa tem todas as operações realizadas pela internet, no portal lançado com esta finalidade (www.progredir.petronect.com.br). Apesar da oferta de crédito não envolver recursos da Petrobras, é o contrato com a estatal que minimiza os riscos para as instituições bancárias e permite agilidade no processo. Com cerca de R$ 500 bilhões em contratos para serem executados nos próximos anos, o principal objetivo da Petrobras com o Progredir é aumentar a competitividade industrial e proporcionar maior conteúdo nacional na indústria petrolífera. CompetiçãoO coordenador do Comitê de Petróleo e Gás da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), Eduardo Rappel, comenta que com este crédito as empresas brasileiras poderão competir em pé de igualdade com as fornecedoras estrangeiras. “As empresas estrangeiras ainda recebem subsídio por estarem exportando. Estava muito difícil para competir”, justifica Rappel. Ele critica as instituições financeiras por acreditar que elas demoraram muito para fornecer este crédito. Segundo Rappel, as empresas sempre alegavam o risco das operações, mas ele explica que os riscos são das empresas petrolíferas e não dos seus fornecedores e subfornecedores. Rappel comenta como este crédito favorece até pequenas empresas familiares e explica todo este beneficiamento na cadeia (veja um exemplo na página ao lado). “Com o programa, cerca de 9 mil empresas baianas, que não faziam negócios com a Petrobras, serão incluídas no cadastro da estatal e terão acesso ao crédito”, informa Rappel. Segundo ele, atualmente apenas mil empresas baianas são fornecedoras da empresa. Oportunidade Para o pesquisador do laboratório de Petróleo e Gás da Unifacs, Miguel Andrade, esta é uma boa oportunidade para os fornecedores baianos agregarem mais valor aos produtos e serviços fornecidos para a cadeia de petróleo e gás no estado. O pesquisador conta que um estudo feito quatro anos atrás mostrava que a Bahia tinha se especializado em fornecer muitos produtos, mas a maioria de baixo valor. “Cerca de dois terços dos bens e serviços que a Petrobras comprava vinham da Bahia, mas isto significava apenas um terço do valor de compra do total”, acrescenta Andrade. Segundo ele, hoje este cenário não está muito diferente. Andrade ainda lembra que, com os desafios decorrentes da área do pré-sal, as empresas terão um vasto campo para investir em novos produtos e tecnologias que a Petrobras tem interesse em comprar. Já Eugênia Regina de Melo, superintendente para a área de negócios da cadeia de petróleo, gás e investimentos da Caixa Econômica Federal, informa que a concorrência entre os bancos também diminuirá o custo do crédito. Isto porque, quando uma empresa solicita o empréstimo, ela faz a proposta à Caixa, ao Banco do Brasil, Santander, Bradesco e HSBC. “É um grande leilão para ficar com o cliente”, diz a superintendente. Até o prazo que era de até 30 dias para o cliente ter uma resposta, agora pode sair em 24 horas.

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