A quadrilha alvo da “Operação Minotauro”, deflagrada na madrugada desta quinta-feira (21), estava sendo investigada pela Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia (Sefaz) há cerca de dois anos e acredita-se que possa praticar sonegação fiscal há pelo menos cinco anos, segundo o Ministério Público estadual. Sete empresários e um contador foram presos nos estados da Bahia, Sergipe, Rio de Janeiro, Pará e Minas Gerais no cumprimento de mandados da operação, cujo objetivo é investigar empresas que atuam no comércio atacadista de carnes e derivados de produtos alimentícios. Os prejuízos causados pelo grupo estão projetados em um montante de R$ 20 milhões, dos quais R$ 6 milhões já estão constituídos como créditos tributários. Cinco mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Sergipe e no Rio de Janeiro, onde foram apreendidos computadores, documentos como contratos e escrituras, cheques assinados, além de telefones celulares e outros equipamentos eletrônicos. Na Bahia, um empresário envolvido no esquema foi preso dentro de casa, no condomínio Le Prac, no bairro da Paralela. Além dele, um contador também foi preso. Os dois foram conduzidos pela polícia para a sede da Delegacia dos Crimes Econômicos e Contra a Administração Pública (Dececap), em Patamares, e levados, em seguida, para a Polinter.
Outros oito mandados de prisão e mais cinco de busca e apreensão ainda estão em aberto, mas os principais alvos da investigação já estariam detidos, de acordo com a promotora Vanezza de Oliveira Rossi, da Promotoria Regional Especializada no Combate à Sonegação Fiscal de Camaçari. “Os líderes do esquema já foram detidos. Agora, estamos atrás dos laranjas, que podem trazer informações adicionais”, disse. De acordo com a promotora de Justiça, o grupo já havia sido alvo, há cerca de um mês, de uma outra operação, a “Berrante”, da Polícia Federal, no estado do Pará e também é suspeita de sonegar tributos federais. As investigações apontam que diversas práticas criminosas estavam sendo implementadas pela organização criminosa, como constituição de empresas em nome de “laranjas” e “testas-de-ferro”; aberturas e fechamentos de empresas com pessoas interpostas, que se tornaram inaptas após a lavratura de autos de infração pela Sefaz; utilização de esquema de constituição e desativação de empresas adotando a prática da sucessão empresarial; aquisição e venda de mercadorias através de empresas constituídas em nome de terceiros para operar o esquema de sonegação; omissão de saída de mercadorias tributadas decorrente da falta de registro ou registro inferior na escritura contábil. Além do MP e da Sefaz, a operação é realizada por uma força-tarefa formada pela Secretariaa da Segurança Pública da Bahia, Secretarias de Segurança Pública dos Estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais e Polícia Federal do Pará. Matéria original: Correio 24h Quadrilha que causou prejuízo de R$ 20 milhões agia há cinco anos
Presos em Salvador foram levados para a Dececap e, em seguida, para a Polinter |
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