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Quase um milhão de baianos moravam em favelas e invasões em 2010, diz IBGE

A Bahia apresentou bons resultados em termos de infraestrutura básica de abastecimento de água, esgotamento sanitário e energia elétrica nestas moradias

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21/12/2011 às 18:06 • Atualizada em 04/09/2022 às 16:03 - há XX semanas
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Quase um milhão de baianos viviam, em 2010, em aglomerados subnormais, descritos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) como "assentamentos irregulares conhecidos como favelas, invasões, grotas, baixadas, comunidades, vilas, ressacas, mocambos, palafitas, entre outros". É o que mostra o estudo Aglomerados Subnormais – Primeiros Resultados, divulgado nesta quarta-feira (21) pelo instituto. Já na Região Metropolitana de Salvador, 26,1% da população residente viviam neste tipo de moradia, ou seja, mais de 930 mil pessoas, o que a coloca na segunda posição entre as 20 Regiões Metropolitanas (RM) brasileiras com maior número de domicílios em aglomerados subnormais em termos percentuais, perdendo apenas para a RM de Belém, com 53,9%. De acordo com o levantamento, o estado da Bahia apresentava, em 2010, 280 aglomerados subnormais, distribuídos em 10 municípios. A Bahia registrou cerca de 9,4% dos domicílios particulares ocupados nestes tipos de moradia de todo o Brasil, com um total de 302.232 habitações, ficando também em quarto lugar dentre as unidades da Federação, atrás de São Paulo (748.801), Rio de Janeiro (617.466) e Pará (324.596). Em relação ao número de domicílios particulares ocupados em todo o estado, estas moradias representavam cerca de 7%. Já em termos de população residente nestes domicílios, a Bahia possuía, neste ano, 970.940 pessoas, seguindo assim o mesmo ranking anterior: é a quarta unidade da Federação, depois de São Paulo, com 2.715.067, Rio de Janeiro, com 2.023.744, e Pará, com 1.267.159. Tanto em relação ao número de número de domicílios ocupados em aglomerados subnormais, quanto à população residente neste tipo de moradia em 2010, Salvador é a primeira cidade da Bahia, com 275.593 moradias (cerca de 32% dos domicílios ocupados na capital baiana) e mais de 880 mil soteropolitanos (aproximadamente 33% da população residente). Ela é seguida de Ilhéus - com 11.689 domicílios ocupados em aglomerados subnormais e 39.072 pessoas residentes nestes aglomerados – e Camacari, que apresenta 16.583 moradores e 4.988 domicílios. Salvador continua liderando no número de aglomerados subnormais, com 242, o que representa aproximadamente 86% de todo o estado, seguida de Camaçari, com dez aglomerados deste tipo e Vera Cruz e Lauro de Freitas, ambas com sete.
Em 2010, havia 280 aglomerados subnormais em toda a Bahia
Abastecimento de água, esgotamento sanitário e energia elétricaA Bahia apresenta bons resultados em 2010 quando o assunto é uma infraestrutura básica de abastecimento de água, esgotamento sanitário e energia elétrica nos aglomerados subnormais. Neste ano, o estado apresentou o maior percentual entre as unidades da Federação do Nordeste no número de domicílios com esgotamento sanitário adequado , com 86,8%, acima do percentual nacional (67,3%). Eram abastecidos com a rede geral de distribuição de água 98,1% dos domicílios, percentual acima do obtido a nível nacional (88,3%). Em termos de fornecimento de energia elétrica adequada, a Bahia também registrou um percentual acima do nacional, com 85,7% dos domicílios com acesso ao serviço, contra 72,5% em todo o Brasil. A Região Nordeste também apresentou bons resultados, com oito estados com domicílios com fornecimento de energia elétrica acima de 75%, a exemplo do Ceará (92,8%) e Maranhão (91,3%). Região Metropolitana de SalvadorSegundo o levantamento, em 2010, 26,1% da população residente na Região Metropolitana de Salvador moravam em aglomerados subnormais, ou seja, mais de 930 mil pessoas. Em termos percentuais, a região é a segunda das 20 Regiões Metropolitanas (RM) brasileiras com maior número de domicílios em aglomerados subnormais Brasil, perdendo apenas para a região metropolitana de Belém (53,9%). Já em relação à população, fica na quarta posição, atrás das regiões metropolitanas de São Paulo (2.162.368), Rio de Janeiro (1.702.073) e Belém (1.131.268). A Região Metropolitana de Salvador apresentou, em 2010, 290.488 domicílios particulares ocupados em aglomerados subnormais, ou seja 25,7% dos domicílios da região. Em termos percentuais, também fica na segunda posição, atrás da região metropolitana de Belém (52,5%). Já em número de domicílios, também ficou na quarta posição, atrás das regiões metropolitanas de São Paulo (596.479), Rio de Janeiro (520.260) e Belém (1.131.268). De acordo com o estudo, 94,9% dos domicílios em aglomerados subnormais da Região Metropolitana de Salvador estavam concentrados no município-núcleo (a capital baiana), distribuição desigual também presente em outras regiões metropolitanas estudadas. BrasilEm 2010, 323 municípios brasileiros reuniam os 6.329 aglomerados subnormais do Brasil. Neste ano, mais de 11 milhões de pessoas moravam em aglomerados subnormais (11.425.644), o que representa 6% da população brasileira, revela o estudo. Estas pessoas estavam distribuídas em 3.224.529 domicílios particulares ocupados, ou seja, 5,6% dos domicílios particulares ocupados de todo o país, os quais estavam concentrados em vinte regiões metropolitanas, inclusive a de Salvador. Quase a metade destes domicílios estava concentrada na região Sudeste (49,8%), sendo 23,2% no estado de São Paulo e 19,1% no estado do Rio de Janeiro.

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