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Querosene com agente cancerígeno vaza em refinaria da Petrobras

Segundo sindicato, mesmo com a autorização de parada das atividades na refinaria, houve demora na liberação dos funcionários

• 16/07/2012 às 15:18 • Atualizada em 29/08/2022 às 3:50 - há XX semanas

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O setor de Segurança Industrial (SI) da Refinaria Landulfo Alves (RLAM), que fica no Centro Industrial de Aratu, paralisou as atividades no local após constatação de vazamento, em diversos pontos, de querosene contaminado com benzeno no piso do tanque subterrâneo de drenagem da unidade. Segundo o diretor de Segurança, Meio Ambiente e Saúde do Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro-Ba), Deyvid Bacelar, o vazamento começou na madrugada da última sexta-feira (13). Segundo informações do Sindipetro-Ba, a linha subterrânea de drenagem dos principais equipamentos da unidade para o tanque de drenagem rompeu, na madrugada do sábado (14), gerando um vazamento ainda maior do produto com contaminação do solo e subsolo. Denúncia De acordo com nota divulgada pelo Sindipetro-Ba, mesmo com a autorização de parada das atividades na refinaria, os funcionários só foram liberados após o horário de almoço. Além disso, durante o turno da tarde, a refinaria teria iniciado a execução de um serviço de escavação no local, para identificar os pontos de vazamento dessa linha. Para isso, foram deslocados seis operários das empresas Tecsonda, Isorel e SC Transportes, que teriam feito o serviço sem qualquer tipo de proteção respiratória e com equipamentos de proteção individual inadequados. Ficando assim, expostos à substância de efeitos cancerígenos. O Sindipetro-BA solicitou a retirada dos funcionários do local e uma avaliação ambiental com monitoramento de benzeno. A Segurança Industrial encontrou diversas concentrações, sendo a mais alta de 5,50 ppm, que pode causar danos crônicos à saúde de trabalhadores. Ainda segundo Deyvid Bacelar, já existia a solicitação de troca para a mesma linha que se rompeu, feita pela Inspeção de Equipamentos e projeto desenvolvido pela Engenharia desde 2005 e até então não foi executada. "A RLAM assim fez a escolha de não gastar milhares de reais para resolver esse gravíssimo problema, preferindo manter mais de mil pessoas expostas a esse agente químico comprovadamente cancerígeno, o benzeno, que já fez várias vítimas na RLAM, sendo que o último se encontra internado em São Paulo e outro falecido após lutar sozinho durante sete meses contra a leucemia", disse Bacelar na nota à imprensa. Na parada de manutenção, o sindicato informou que encontrou diversas outras irregularidades, que envolvem empresas terceirizadas. O Sindipetro-Ba disse, ainda, que denúncias formais de negligência com os funcionários por parte da empresa já foram enviadas à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), ao Centro Estadual de Referência em Saúde do Trabalhador (Cesat) e para a Comissão Nacional Permanente do Benzeno (CNPBz), bem como o pedido de apoio do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil (Siticcan) para resolver a situação. Matéria original: Correio 24h Querosene com agente cancerígeno vaza em refinaria da Petrobras, diz sindicato

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