A reitoria da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) divulgou hoje, segunda-feira (26), uma nota pública sobre a greve dos estudantes universitários. A paralisação das atividades, iniciada no começo desse mês, tem gerado diversas polêmicas dentro do centro de ensino, especialmente em torno da pauta de reivindicações. A reitoria alega que o movimento estudantil vem dificultando sistematicamente o debate sobre as próprias solicitações, além de faltarem com respeito e com educação no trato com a administração da universidade. "A postura está em desacordo com todos os padrões de civilidade. Os Diretores dos Centros, bem como o Reitor e Vice-Reitor, foram ofendidos, agredidos verbalmente e coagidos durante as negociações. Enquanto transcorria a negociação, outros estudantes do referido movimento batiam nas janelas, gritavam palavras de baixo calão, ofendiam e tentavam, o tempo todo, intimidar os professores presentes, integrantes da Mesa", afirma a nota assinada pelo reitor Paulo Gabriel Soledade Nacif. Desde o começo das mobilizações, foi criada a chamada Câmara Intersetorial de Negociação e a Mesa de Negociação Permanente para articular, junto com a comunidade estudantil, as saídas para o impasse. A reitoria diz, entretanto, que essa organização só começou a funcionar 20 dias após o início da ocupação da reitoria pela ausência dos próprios estudantes. " Após o término da segunda reunião, nenhum dos pontos da pauta apresentados após longos 11 dias de ocupação foi discutido, uma vez que os referidos representantes estudantis preferiram apresentar exigências estranhas à pauta e cujo objetivo visa somente garantir as condições de sua ocupação", diz a nota. Com a ausência de avanços significativos, a reitoria decidiu suspender as atividades da Mesa de Negociação, alegando, inclusive, insegurança para prosseguir com os trabalhos. Por outro lado, os estudantes mantem o argumento de que a UFRB não tem professores suficiente para atender as demandas, além da estrutura precária dos prédios, a falta de campos para estágio e aulas práticas, e também a falta de segurança.
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