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Rival da Mulher-Ketchup desabafa e diz ser vítima de armação

Com outra versão ainda mais surreal, ‘mandante’ diz que foi alvo de armação

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26/09/2011 às 9:29 • Atualizada em 01/09/2022 às 1:29 - há XX semanas
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A dona de casa acusada de mandar matar Erenildes Araújo, a Mulher-Ketchup, finalmente resolveu falar. Por telefone, trancada em sua casa no centro de Pindobaçu - a 377 quilômetros de Salvador -, Maria Nilza Simões, 51, negou que tenha encomendado a morte de “Lupita”, que ficou conhecida no mundo inteiro por forjar a própria morte em acordo com seu “assassino”. Com uma história mais estranha que o próprio “crime do ketchup”, Maria Nilza apresentou uma versão contraditória. Ela defende que, na verdade, foi vítima de Carlos Roberto de Jesus, o homem que teria contratado por R$ 1 mil para matar Erenildes. Carlos Roberto, conta Nilza, simplesmente a abordou na rua e a ameaçou de morte com as fotos da Mulher-Ketchup. Relato “Ele disse: ‘Eu matei essa mulher e quero R$ 1 mil para sair fora. E se você não me der R$ 1 mil, eu vou te matar, por que ela mandou te matar’”, reproduziu Maria Nilza, dando a entender ter ouvido de Carlos Roberto que Erenildes, antes de “morrer”, pediu que ele acabasse com a vida da rival. “Fizeram essa foto em troca de dinheiro. Eu fui ameaçada: ou eu dava o dinheiro ou morria. Eu vou provar minha inocência. Foi uma armação muito bem planejada”, defendeu-se Maria Nilza, que garantiu sequer conhecer o “pistoleiro”. “Nunca ofereci dinheiro para ele. Não tenho dinheiro para oferecer para ninguém. Muito menos para mandar matar. Não o conheço, não tenho nenhuma intimidade, não sei quem ele é”, afirma. O caso veio à tona em julho, quando Maria Nilza procurou a polícia de Pindobaçu para denunciar Carlos Roberto pelo roubo de R$ 1 mil. No entanto, a polícia descobriu que o dinheiro roubado seria, na verdade, o pagamento para que ele matasse Lupita. Ao invés de executar o serviço, Carlos e Lupita forjaram o assassinato e dividiram o dinheiro. Carlos usou ketchup e uma faca para compor uma foto e provar que Lupita estava mesmo morta. A farsa foi descoberta quando Maria Nilza viu a Mulher-Ketchup e Carlos juntos em uma feira da cidade e decidiu denunciá-lo. A história tão inusitada ganhou os destaques do noticiário nacional e estrangeiro. Daqui, a Mulher-Ketchup despontou para o mundo e também virou manchete em publicações na Inglaterra, EUA, Espanha, Itália, Argentina, Peru, Bolívia, Chile, Venezuela, Rússia, Nigéria, Turquia, Suécia, Grécia, Cazaquistão e até no Azerbaijão.
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Incoerência O próprio delegado de Pindobaçu aponta contradições no depoimento de Nilza. “Primeiro, disse que o rapaz a assaltou. Depois, afirmou ter se surpreendido ao ver Lupita viva. Nilza entra em contradição o tempo todo. O depoimento dela prova isso”, diz Marconi Almino, que deve fechar o inquérito do caso até o final desta semana. Mas, onde estaria então a origem da rivalidade de Erenildes e Maria Nilza? Segundo a Mulher-Ketchup, Nilza teve um caso com seu marido. Mas, segundo a própria Nilza, tudo começou numa mentira que Erenildes inventou há dois anos, e que ela não quis revelar. “Ela me arrumou uma calúnia em 2009 e quis me incriminar no fórum. Ela não teve nenhum êxito. Não vou dizer o que é. Pegue os documentos no fórum”, dispara. Caso vai parar no FantásticoO caso da Mulher-Ketchup foi tema da matéria de abertura, ontem, do Fantástico, da Rede Globo. Com muito bom humor, o repórter José Raimundo foi atrás da protagonista da história e conseguiu extrair depoimentos hilários. Lupita disse que só lamentava não ter recebido o pagamento combinado com Carlos Roberto ao forjar a própria morte. “Ele prometeu dar R$ 500, mas no final deu R$ 240 e disse que usaria o resto para pagar umas contas”, riu. A matéria revelou como foi o reencontro entre a Mulher-Ketchup e Maria Nilza. “Ela me flagrou com o Carlos no forró e ficou muito assustada. Fui até ela e disse: ‘Eu vim te buscar’”, contou. Somente Carlos, o “criminoso”, não foi entrevistado porque está foragido.

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