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Rodoviários continuam em greve após julgamento de dissídio

O julgamento do dissídio estabeleceu o reajustede 7,5% nos salários e no tíquete alimentação. A decisão sobre a manutenção da greve foi tomada em assembleia da categoria

• 25/05/2012 às 16:12 • Atualizada em 05/09/2022 às 12:17 - há XX semanas

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Após o julgamento dos dissídios de greve envolvendo os rodoviários de Salvador e intermunicipais, os trabalhadores do setor decidiram, em assembleia realizada no ginásio de esportes do Sindicato dos Bancários na tarde desta sexta-feira (25), manter a paralisação da categoria por tempo indeterminado. O dissídio dos rodoviários, realizado na sede do Tribunal Regional de Trabalho (TRT-5), estabeleceu o reajustede 7,5% nos salários e no tíquete alimentação, além do retorno do quinquênio, uma das principais pautas de reivindicação da categoria. Em nota, o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Salvador (Setps) conclamou os trabalhadores rodoviários a retornarem imediatamente ao trabalho, "uma vez que, após o julgamento do dissídio coletivo nesta tarde, há o entendimento de que estão esgotadas as negociações referentes à campanha salarial 2012". O sindicato patronal disse ainda que a decisão onera, "de forma insuportável", os custos das empresas e afirmou que o custo da tarifa que era de R$ 2,96 sobe agora para R$3,04. A greve dos rodoviários foi considerada abusiva pela desembargadora Maria das Graças Boness, responsável pelo julgamento, que determinou o desconto no salário dos dias parados, além de multa no valor de R$ 150 mil. Com a decisão da manutenção da greve, o Sindicato dos Rodoviários receberá multa diária de R$ 50 mil e o Setps também será multado em R$ 25 mil. Atualmente, os rodoviários recebem R$ 1.379 e têm direito cada mês a 26 tíquetes-alimentação de R$ 10,70, com desconto de 20% no salário. Eles pedem um aumento de 13,8% no salário, retorno do pagamento do qüinqüênio, e o aumento na quantidade e valor dos tíquetes, passando para 30 tíquetes, de R$ 12 cada, com desconto de 10% no salário. O quinquênio, que era pago até 2006 e foi suspenso após acordo mediado pelo TRT, concede reajuste de 5% para cada cinco anos de contrato. O Setps mantém proposta de 4,98% de reajuste ao salário e ao tíquete, e se nega a conceder o quinquênio e o aumento no número de tíquetes-alimentação. A greve da categoria teve início à 0h de quarta-feira (23), depois que a última reunião entre rodoviários e empresários do setor de transporte, realizada na sede do TRT, terminou sem acordo. Só em Salvador, a greve afeta mais de 1 milhão de pessoas. Sem ônibus para o interior Os ônibus que fazem linha para as cidades do interior da Bahia com origem na Rodoviária de Salvador também não estão circulando desta quarta-feira (23) em razão da greve. Os 540 horários oficiais de ônibus que saem do terminal rodoviário de Salvador foram suspensos. Os guichês das empresas que operam pelo terminal também suspenderam a venda das passagens, inclusive as antecipadas, por tempo indeterminado. Quem tem passagem comprada e não conseguir viajar tem o direito do ressarcimento integral, ou solicitar que a data seja remarcada. Esses serviços têm de ser realizados nos guichês das companhias. Durante o período da greve, a Agerba (agência estadual que fiscaliza os transportes) e a Transalvador decidiram liberar a circulação do transporte clandestino. "Não tem outra alternativa, tem que valer de transporte solidário e dos clandestinos mesmo. O alternativo torna-se essencial”, justificou o superintendente da Transalvador, Alberto Gordilho. R$ 150 mil de multaDesde o primeiro dia de paralisação, os rodoviários descumpriram a determinação da Justiça de pôr nas ruas 40% da frota de 2.742 ônibus nos horários habituais e 60% nos horários de pico. A multa para o não cumprimento é de R$ 50 mil, acumulando um total de R$ 150 mil. O sindicalista Euvaldo Alves afirmou que deverá recorrer da decisão. “Vamos apresentar nossa defesa, a culpa aí não é do sindicato”, assegurou. Diante do descumprimento da liminar judicial, a Superintendência de Trânsito e Transporte do Salvador (Transalvador) determinou a circulação da frota de 278 micro-ônibus do Sistema de Transporte Especial Complementar (STEC). O transporte alternativo, no entanto, não dá conta da demanda de passageiros.
Transporte alternativo não dá conta da demanda de passageiros
Em nota, o órgão reconheceu que o número não é suficiente, mas afirmou que a medida ajudaria a minimizar o caos estabelecido pela falta de transporte público.

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