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Senadores da Bahia votam contra processo de impeachment

Além de Lídice, Otto Alencar e Walter Pinheiro se posicionaram contra afastamento de Dilma

Redação iBahia • 12/05/2016 às 7:48 • Atualizada em 31/08/2022 às 20:32 - há XX semanas

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Os três senadores da Bahia votaram contra a admissibilidade do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. Falando já na madrugada desta quinta-feira (12), Lídice da Mata (PSB), Otto Alencar (PSD) e Walter Pinheiro (sem partido) se manifestaram contra o afastamento da petista. O Senado decidiu pelo afastamento da presidente Dilma Rousseff por 55 votos a 22.
"Queiram ou não admitir os defensores da admissibilidade do processo de impeachment, esse processo é um golpe jurídico, parlamentar e midiático", acusou a senadora Lídice. Para ela, Dilma não cometeu crime de responsabilidade e o processo de impeachment é inteiramente político. Ela ainda criticou o vice-presidente Michel Temer, dizendo que ele "faria corar o famoso personagem Frank Underwood", citando "House of Cards", série da Netflix.
Otto Alencar afirmou que Dilma pode ter cometido alguns erros, porque o Brasil é um país complexo, mas não teve nenhuma "falha moral". Ele destacou que em sua opinião Dilma foi a presidente que mais ajudou a Bahia. "É uma coisa de oportunismo", afirmou ele, criticando o movimento pelo impeachment. Otto afirmou que a Lei de Responsabilidade é uma lei complementar e que não se deveria afastar uma presidente por descumprir dois artigos de uma legislação do tipo, ressaltando que isso acontece em todas as esferas do poder.A maioria não vai estar com a lei nem com a virtude, vai estar contra a lei e contra a virtude (...) Vai gerar jurisprudência, porque amanhã vai poder cassar prefeito e governador que não eram cassados por isso. Vai virar uma regra geral as consequências desse ato", afirmou Otto, que foi aplaudido ao terminar seu discurso de 15 minutos.

Walter Pinheiro começou a falar por volta das 4h. Ele definiu o momento atual como um dos mais "tristes" no Senado. "Essa coalizão recebeu 54 milhões de votos do povo brasileiro", destacou o ex-petista, falando do governo Dilma-Temer, como chamou. Ele criticou o "loteamento" de ministérios feito pelo governo e fez duras críticas à gestão, mas destacou: "Estamos diante de um julgamento político". Pinheiro comparou a retirada de Dilma para entrada de Temer de um "gol de mão". "É vero que tem muito erro nesse governo? Muitos", continuou. "Mas a retirada (deveria ser) pelas mãos daquelas que tiveram oportunidade de eleger em outubro de 14. Nós deveríamos devolver a responsabilidade".
Ele criticou a ideia de que o impeachment seria uma "solução definitiva" para a crise do Brasil. "Estamos impondo ao povo brasileiro um novo presidente da República, sem que o povo brasileiro possa opinar (...) Esse é o golpe. Tirar do povo brasileiro o direito de tirar o governo", criticou.
Correio24horas

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