Explosão, gritaria e diversas vítimas jogadas ao chão. Este foi um dos cenários da simulação que aconteceu esta quinta-feira (7), na Arena Fonte Nova, em preparação para as Olimpíadas. Cerca de 300 pessoas, entre agentes de segurança e figurantes, participaram do exercício coordenado pelo Corpo de Bombeiros.Marinha, Exército, Bombeiros, Polícias Civil, Militar e Federal, Transalvador, Guarda Municipal e Samu, entre outros órgãos, participaram do exercício simulado, que contou até com explosão real. "A simulação tem que ter o maior realismo possível, para também preparar o emocional das pessoas", comentou o comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Francisco Luiz Telles Macedo.
Uma pequena carga de explosivos, presa a um manequim que fazia as vezes de homem-bomba, foi detonada na zona sul do estádio. Prontamente um robô foi usado para analisar a situação, antes que técnicos do Departamento Polícia Técnica fizessem a perícia no local. O objetivo é determinar se a bomba é "suja", ou seja, está contaminada com agentes químicos, biológicos, radiológicos ou nucleares."Nós enviamos primeiro ao robô, pois junto a ele estão acoplados dois equipamentos: um para detectar radiação e outro para detectar elementos químicos ou biológicos", detalhou o capitão Érico de Carvalho, comandante da Companhia Antibomba do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE/Bahia).O papel da vítimas do homem-bomba foi interpretado por estudantes de enfermagem da Universidade Estadual da Bahia (Uneb). Com os corpos pintados para parecer ferimentos reais, os estudantes ficaram deitados no chão em meio a cadeiras quebradas e grades de contenção, até serem socorridos em marcas rígidas pelos Bombeiros Militares e médicos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). "Na área de enfermagem a gente lida com essa questão do atendimento de emergência, que muitas vezes é precário. Então essa experiência agrega bastante pra gente como pessoa e como profissional", salientou a estudante Mayana Silva, 21 anos, sobre a participação no simulado. Todos os universitários foram voluntários e receberam certificado de participação.
Outros dois cenários foram trabalhados na simulação de hoje. Primeiro a equipe de segurança da Arena foi vítima de uma intoxicação alimentar proposital e depois uma bomba foi localizada no vestiário feminino. As duas situações já haviam sido discutidas durante o simulado de mesa que aconteceu no Comando dos Bombeiros na terça-feira (5). Na ocasião, apenas gestores, coordenadores e membros dos setores de inteligência dos órgãos participaram do treinamento.Mais seis simulações estão programadas para acontecer até agosto, quando os Jogos Olímpicos terão início. Duas simulações serão realizadas por mês, seguindo a mesma metodologia: primeiro uma simulação de mesa, com as lideranças, seguida por simulação de campo, mobilizando também agentes de segurança e figurantes.
(Foto: Evandro Veiga/ Correio) |
Estudantes de enfermagem fazem o papel de vítimas (Foto: Evandro Veiga/ Correio) |
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