Como você percebe que chegou ao seu limite e precisa parar de aceitar mais trabalho e responsabilidades? E o que falar dos limites dos outros? Não lhe parece que algumas pessoas reclamam demais e fazem de menos? A vida atual cobra cada vez mais de todos nós. São tantos compromissos que assumimos involuntariamente que, quando nos damos conta, estamos vivendo para trabalhar e não o contrário. Não é raro conhecermos pessoas que respondem e-mails em madrugadas insones, finais de semana e feriados e esperam que façamos o mesmo! Veja também Coluna ValoRH: Geração Brasil, a Geração Código Coluna ValoRH: Monte sua caixa de habilidades e seja competitivo no mercado de trabalho O fato é que as pessoas que estão neste rush, tendem a achar que os outros não dão tão duro assim. O stress cotidiano deles passa a ser a referência de rotina e eles julgam os demais por sua própria régua. Quem será que está errado? Será que há alguém certo ou errado nesta hora? O ponto ideal é diferente para todos. Infelizmente, a maioria das pessoas não sabe reconhecer quando atingiu o seu limite. Aprender a observar e escutar os sinais precoces de sobrecarga requer prática e planejamento. A capacidade de uma pessoa para gerenciar uma grande quantidade de tarefas e atividades é moldada pela genética e pela experiência anterior, diz Amit Sood, um professor de medicina da Mayo Clinic College of Medicine, nos Estados Unidos. Algumas pessoas herdam uma tendência a ser mais reativas ao estresse e à sobrecarga.
Personalidade é importante, também. O altruísmo é uma característica que ajuda as pessoas a encontrar sentido em suas tarefas e atividades, permitindo-lhes fazer mais, sem efeitos nocivos. Por outro lado, as pessoas que são mais propensas a experimentar emoções negativas, como ansiedade ou raiva, tendem a experimentar mais pressão na gestão de múltiplas funções, diz um estudo de 2012, publicado no Journal of Behavior Profissional. Os sintomas iniciais de sobrecarga podem incluir insônia, queda da imunidade, aumento da pressão sanguínea ou dores frequentes. Sinais emocionais incluem irritabilidade e ansiedade a tal ponto que as pessoas passam a finalizar as frases de seus interlocutores e a ficarem obcecadas pelas tarefas não concluídas. A perda da capacidade de impor limites ao acúmulo de trabalho pode deteriorar os relacionamentos e a vida social destes indivíduos. A sobrecarga também cobra um pedágio cognitivo muito grande, prejudicando a memória de trabalho e a concentração. Ela pode dificultar os momentos de relaxamento, necessários após o trabalho, começando uma espiral descendente de fadiga e procrastinação. Se você se identificou com essa situação, eis algumas dicas que costumam ser recomendadas pelos especialistas: 1. Priorize suas atividades e aprenda a planejar o seu tempo. Ás vezes nos pegamos desesperados com tantas tarefas simultâneas que precisam ser entregues. Organize-as por prazos e importância e você encontrará tempo para dar conta de tudo. 2. Determine a sua jornada de trabalho extra escritório. Defina limites de horários que lhe permitam dar atenção à sua família sem que precise se sentir culpado. Fixar horários para acessar e responder os e-mails é um bom começo. Não se esqueça de desligar o telefone corporativo! 3. Escolha uma atividade que lhe dê prazer e reserve um tempo para ela em sua agenda. Não importa o que seja, pintura, música, cinema... até novela! Contanto que seja uma atividade que lhe faça relaxar a mente e esquecer das preocupações do dia a dia. 4. Faça uma atividade física. Você se sentirá mais disposto para encarar os desafios e diminuirá as chances de somatizar seus problemas. 5. Eleja uma pessoa de confiança para monitorar o cumprimento das quatro dicas anteriores. Pode ser o seu cônjuge, amigos ou colegas de trabalho. Alguém que lhe acenda o sinal amarelo a cada vez que tiver uma recaída. Fique atento e evite a espiral do estresse. Cuide-se e tenha uma vida mais saudável e produtiva.
Profa. Dra. Carolina Spinola |
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