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Veja os cursos que garantem um emprego na indústria baiana

Saiba quais são os oito cursos que têm um bom retorno de empregabilidade

• 30/05/2011 às 12:29 • Atualizada em 29/08/2022 às 18:00 - há XX semanas

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A economia está aquecida e a queixa dos empresários é que falta mão de obra qualificada para trabalhar na indústria. Em busca desses profissionais, muitas empresas procuram currículos diretamente nas escolas profissionalizantes. O resultado são turmas cada vez mais disputadas pelas empresas e estudantes se formando com o emprego praticamente garantido. O CORREIO entrevistou especialistas para saber por que os estudantes de oito cursos técnicos são os mais requisitados pelas empresas industriais. O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), vinculado à Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), divulgou ainda o valor das mensalidades, a área de atuação e o salário inicial para quem procura uma oportunidade para entrar nesses setores do mercado. “Quando as turmas se encerram, mais de 90% dos alunos estão empregados. Se uma empresa me pedir hoje um currículo, eu não tenho um aluno para recomendar”, comenta Patrícia Evangelista, gerente da área de construção civil do Senai. O curso recomendado nesta área é o de técnico em edificações, com duração de 20 meses e um processo seletivo no qual concorrem 10 alunos por vaga. “É o curso mais concorrido do Senai Bahia”, informa Patrícia. O técnico em edificações é o profissional que faz o intermédio entre o campo e a engenharia. Com o aquecimento da construção civil, são necessários profissionais cada vez mais capacitados. Outro curso também voltado para esta indústria é o de grua da construção. O objetivo das aulas é ensinar o funcionário a operar diversos tipos de gruas, equipamento que faz o transporte de materiais de construção pesados nas obras. A Bahia é o estado pioneiro neste curso, pois o Senai possui equipamentos importados que não existem em outro local do país. “Vêm pessoas do país inteiro fazer o curso aqui, porque há uma demanda reprimida”, informa Jair Santiago Coelho, gerente da área tecnológica de equipamentos móveis industriais do Senai. Porém, todos os cursos solicitam alguns pré-requisitos. Para este curso especificamente, basta ser maior de 18 anos, ter nível fundamental completo e já possuir carteira de habilitação, já que o funcionário vai operar um equipamento móvel.
Salário - Outro curso concorrido e com boa empregabilidade em todo o Brasil é o de operador de sonda/plataformista, com o qual é possível trabalhar operando equipamentos na terra ou no mar. De acordo com Marcelo Soares, gerente da área de petróleo e gás do Senai, como o curso foi pioneiro, e conta hoje com o maior número de equipamentos para aulas práticas em todo o país, a Bahia está exportando profissionais. “As maiores oportunidades estão no mar. Em cinco anos, o Brasil terá cerca de 50 novas plataformas em funcionamento”. Com a descoberta do pré-sal, cidades como Santos e Rio de Janeiro abrirão uma quantidade expressiva de vagas, segundo o gerente. O salário inicial do sondador é de R$ 1,7 mil, chegando a R$ 9 mil, para o profissional experiente. Com a grande procura, haverá mais duas turmas este ano no segundo semestre. Entrada rápida no mercado - Com uma semana de estudo e um investimento de R$ 375, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) forma profissionais no curso de operação de empilhadeira. A função desse funcionário é operar as empilhadeiras e transportar diversos tipos de carga, a depender do setor de atuação. Segundo Agnaldo Peixoto Barbosa, não falta trabalho, já que a área de atuação é bem vasta: é possível trabalhar na indústria, no comércio e até na construção civil. “Todos esses setores necessitam de movimentação de cargas”. Uma vez certificado, o funcionário tem um salário inicial de R$ 900, chegando até R$ 1,5 mil. Barbosa, que fez o curso em 2009, já tinha experiência de 30 anos no Polo de Camaçari e formação em segurança do trabalho. Ele garante que hoje não lhe faltam empregos. “Eu já tinha experiência. Mesmo assim, quem nunca operou (uma empilhadeira) sai capacitado a operar”. Já Uilson dos Santos Júnior, técnico em edificações, terminou o curso com apenas 19 anos e hoje já trabalha em uma multinacional. “Salvador é um canteiro de obras. Não faltam oportunidades para o técnico em edificações”. O técnico conta que durante o curso fez um estágio e foi contratado como assistente. Depois, apareceram outras tantas oportunidades e ele não parou mais: está na faculdade de engenharia civil para crescer ainda mais na área. Sobre as vantagens do curso técnico, acrescenta: “É uma forma dos jovens entrarem mais rápido no mercado”. Para 70% das indústrias no país, falta mão de obra qualificada Capacidade de produção, melhoria dos produtos e expansão das empresas são as metas das indústrias mais prejudicadas pela falta de mão de obra qualificada, segundo a pesquisa Sondagem Especial divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O cenário no país é desanimador: sete em cada dez empresas industriais enfrentam problemas para encontrar profissionais qualificados. O problema não se restringe a determinadas funções. Segundo Renato da Fonseca, gerente da Unidade de Pesquisa da CNI, há dificuldades para encontrar desde o operador até o maior nível profissional. “O problema é no ensino fundamental e médio. Se formam profissionais com pouca habilidade de interpretação e que têm dificuldades até nas universidades. Isto repercute na economia como um todo”. A solução encontrada pelos empresários industriais é capacitar o funcionário dentro da própria indústria. Esta foi a resposta dada por 78% dos entrevistados. “Eles estão adaptando o curso para a própria indústria, para a máquina e para o sistema operacional que ela tem”, diz. Porém, essa qualificação dos profissionais também conta com alguns empecilhos. Em torno de 38% dos empresários se dizem receosos de investir na educação do funcionário e o perder para o mercado. Outro problema é o próprio desinteresse dos profissionais, apontado como um problema para 35% dos entrevistados. Os segmentos mais afetados são: vestuário (84%), equipamentos de transporte (83%) e limpeza (82%). Foram ouvidas 1.616 empresas.

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