Um vigilante foi preso, na madrugada desta sexta-feira (3), sob a suspeita de matar uma das três pessoas em situação de rua na cidade de Feira de Santana, interior da Bahia. Os crimes aconteceram em menos de 16 dias. E segundo informações da Polícia Civil e do site g1 Bahia, no momento da prisão, o homem confessou ter atirando contra a vítima do dia 24 de fevereiro.
Em nota, a Polícia Militar informou que o homem - de identididade não divulgada - tem 51 anos e no dia 24 de fevereiro, teria atirando contra 'Pardal', no mesmo bairro onde trabalhava.
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Entenda o caso
A Polícia Civil de Feira de Santana investiga os assassinatos de três pessoas em situação de rua em menos de 16 dias. As vítimas foram atingidas pro disparos de arma de fogo e, segundo o delegado responsável pelo caso, pode indicar um caso de extermínio.
“São crimes de execução, não restam dúvidas em relação a isso. Os crimes aconteceram de madrugada, quando eles estariam dormindo”, contou o delegado Rodolfo Faro.
As vítimas identificadas são Gutemberg Souza Brito, de 27 anos; e um homem de prenome Lucas. O terceiro homem ainda não foi identificado. Segundo informações do g1 Bahia, as motivações dos crimes seriam pequenos delitos cometidos pelas vítimas, que não foram especificados pelo delegado.
Ainda segundo ele, os policiais estão em busca de imagens das câmeras de segurança que tragam indícios de quem pode ter cometido o crime. Além disso, outras pessoas que estavam na região devem ser convocadas para prestar depoimento.
O primeiro caso resultou na morte do homem, de prenome Lucas. O crime aconteceu no dia 8 de fevereiro, no bairro dos Capuchinhos. Nove dias depois, Gutemberg Souza Brito foi morto a tiros no bairro Serraria Brasil.
A última vítima, que ainda não foi identificada, foi morta no mesmo bairro uma semana depois do segundo caso. A região fica a menos de 2 km do bairro onde o primeiro crime foi registrado. Além dos três homens serem pessoas em situação de rua, eles tinham outra característica em comum: recebiam assistência de instituições sociais de Feira de Santana.
Gutemberg era uma das 80 pessoas assistidas pela FSA Invisível, associação que destribui alimentos. Já Lucas e o outro homem eram assistidos pelo Centro Sociail Mosenhor Jessé, que fez uma nota de repúdio aos crimes violentos.
“Precisamos dar um basta à cultura da morte, à normalização dos ‘CPF’s cancelados’, e sobretudo, da banalização da vida do próximo que é nosso irmão, independente do estado no qual se encontre”, diz a nota.
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Redação iBahia
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