A violência relacionada ao tráfico de drogas na Bahia já tomou repercussão internacional. Na reportagem que publicada nesta terça-feira (29) no The New York Times, a Bahia é considerada como um dos estados mais perigosos do Brasil. "No nordeste, a região que mais se beneficiou com os programas de transferência de riqueza que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu durante seus oito anos no cargo, a taxa de homicídios quase dobrou no período de 10 anos, transformando esta área do país na mais violenta", diz a reportagem. Entre os locais citados como mais perigosos do estado estão alguns bairros de Salvador, como Calabar, Pelourinho e Nova Constituinte. A reportagem diz que neste último, uma série de assassinatos relacionados com a droga tem atormentado a área durante os últimos cinco anos, incluindo o massacre de seis adolescentes pegos no fogo cruzado de gangues rivais. Três Unidades da Polícia Pacificadora (UPP) estão programados para abrir no próximo ano no bairro.
Apesar das acusações, o Governador Jaques Wagner, na matéria, defende Salvador lembrando que a Bahia tem uma festa Carnaval a cada ano, onde mais de um milhão de pessoas saem às ruas, com 22 mil policiais oferecendo segurança, e garante que a cidade está preparada para receber turistas durante a Copa de 2014. "Passamos quatro anos sem um homicídio no percurso do carnaval", disse ele. "Para mim, com a disposição da polícia para a Copa do Mundo não haverá qualquer problema". Sobre o crescimento do tráfico, o governador associa ao crescimento econômico do Brasil como o responsável pela violência no estado, já que os traficantes migram para outros locais em busca de novos mercados. "Se o mercado consumidor está crescendo, o traficante de drogas virá aqui também", explicou. Porém, o número de assassinatos na Bahia cresceu 430 por cento, alcançando 4.709 casos, entre 1999 e 2008, e no ano passado a taxa de homicídios do estado chegou a 34,2 por 100.000 habitantes, número superior ao do Rio de Janeiro, que caiu para 29,8.
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