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BRASIL

Antes de ser morto por PMS, menino de 11 anos foi detido

Os três policiais envolvidos no caso relataram na delegacia que atiram porque viram a arma da mão do menino

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19/01/2015 às 18:41 • Atualizada em 27/08/2022 às 2:59 - há XX semanas
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O adolescente Patrick Ferreira Queiroz, de 11 anos, que foi morto por PMs da UPP do Complexo do Lins, na Zona Norte do Rio de Janeiro, na última quinta-feira (17), já tinha sido detido por policiais na semana anterior. Segundo o Jornal Extra, ele havia sido identificado como um menor que aparecia em um vídeo gravado pelos próprios policiais dentro de uma boca de fumo cercado de jovens armados. Por lei, ele não poderia responder pelo crime. Então, foi fotografado e liberado pelos agentes em seguida. Patrick, que completaria 12 anos no último sábado (17), foi atingido por um tiro de fuzil na axila. Segundo a ocorrência registrada da delegacia, com o adolescente foram encontrado uma pistola calibre 9mm, um rádio transmissor e uma mochila com maconha, cocaína e crack. Os três policiais envolvidos no caso relataram na delegacia que atiram porque viram a arma da mão do menino. Quando o delegacia chego ao local, a arma já havia sido recolhida pelos policiais. O delegado Niandro Ferreira, que acompanhou a perícia, registrou o caso como morte decorrente de intervenção policial.
Segundo o Jornal Extra, Patrick havia sido identificado como um menor que aparecia em um vídeo gravado pelos próprios policiais dentro de uma boca de fumo cercado de jovens armados
Enquanto cuidava da liberação do corpo de Patrick no Instituto Médico-Legal (IML), no domingo (18), Daniel, pai do garoto, negou que seu filho estivesse armado quando foi morto pelos policiais. "Tinha arma. Mas quem vai falar que não foram eles que colocaram? Só vi ele com uma mochila e um radinho. Como um garoto de 11 anos vai ter pistola?", desabafou. Segundo familiares, Patrick largou a escola há seis meses e trabalhava em um lanchonete. "Não se negava a fazer nada para ninguém. Era trabalhador. Trabalhava numa lanchonete”, afirmou o pai, que morava com Patrick e seu irmão de 16 anos, até este ser apreendido com um pistola. Durante a entrevista ao jornal, a prima de Patrick, Denise Balu da Silva, de 24 anos, contou que o menor estava brincando na rua quando foi morto. "Queremos uma resposta das autoridades. Vou lutar para a morte dele não ser em vão. Ele era como um filho para mim", contou. As armas foram apreendidas com os policiais após a morte do garoto e será aberto um inquérito para apurar a morte do garoto.

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