A gerente da pesquisa, Vânia Pacheco, destaca que o dado se refere a bibliotecas com acesso ao público, não necessariamente geridas pelo poder municipal. “É a existência no município de uma biblioteca que tenha acesso ao público em geral, ela não é restrita. Ela pode ser ou não de gestão municipal”.
O tema cultura está presente desde a primeira edição do levantamento, em 1999, e foi objeto de suplemento especial em 2006, quando o Ministério da Cultura fez um convênio com o IBGE para iniciar a análise de indicadores culturais para a elaboração de políticas pública.
No ano passado, foram pesquisados os Conselhos Municipais de Cultura e de Preservação do Patrimônio, 19 tipos equipamentos culturais, 17 de atividades artesanais e 16 atividades artísticas. Enquanto em 2006, 72% dos municípios tinham órgão gestor de cultura próprio ou conjunto com outra política, a proporção caiu para 63,9% em 2012. Outros 12,7% tinham órgão subordinado a outra secretaria e 3,5% não tinham qualquer organização administrativa para tratar do tema. Em 13,5% dos municípios havia secretaria de cultura exclusiva.
Os conselhos Municipais de Cultura existem, desde 1967, como forma de a sociedade civil discutir com o Poder Público o desenho das ações políticas para a área de cultura, bem como fiscalizar a implementação delas. Na pesquisa de 2012, foi constata a existência do conselho em 32,3% dos municípios. Em 2006, eles estavam presentes em 17%. A existência do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio subiu de 13,3% dos municípios para 15,8% em 2012.
Quanto aos equipamentos culturais, além da tendência de universalização das bibliotecas, os ginásios esportivos seguem no mesmo crescente. Em 1999, estavam presentes em 65% dos municípios, passando para 89,4% em 2012. Ao mesmo tempo, houve redução dos clubes e associações recreativas, de 70,4% em 2001 para 65,6% em 2012.
De 1999 para 2012, o número de municípios com museus passou de 15% para 25%; com teatros subiu de 13,7% para 22,4%; os cinemas passaram de 7,2% para 10,7% dos municípios e o percentual de centros culturais aumentou de 24,8% em 2006 para 33,9% em 2012. Cidades com unidades de ensino superior subiram de 19,6% em 2001 para 39,5% em 2012. Pela primeira vez, a pesquisa verificou a existência de arquivos públicos ou centros de documentação, presentes em 18% dos municípios.
As novas tecnologias são outra tendência de crescimento. Pela primeira vez, a pesquisa verificou a existência delan houses, que estão presentes em 81,7% das cidades. Os provedores de rede de internet passaram de 16,4% das cidades, em 1999, para 57,4% em 2012.
Quanto às atividades artesanais, o bordado é o mais presente no país, sendo feito em 74,2% dos municípios. Em seguida, vem o artesanato em madeira, com 33,7% e a culinária típica, feita em 27,7% das cidades.
Nas atividades artísticas, as bandas estavam presentes em 43,7% das cidades em 2001 e passaram para 64,5% em 2012. As manifestações tradicionais populares subiram de 45,8% municípios, em 2005, para 61% em 2012, chegando a 100% das cidades no Amapá. Os grupos de dança estão presentes em 57,6% dos municípios e os de capoeira, em 53,7%. Os dados da Munic mostram também que 47,9% das cidades têm coral; 45,8%, grupos musicais; 42,6%, blocos carnavalescos; 34,1%, grupos de teatro; 15,5% contam com orquestras; 11%, com escolas de samba e 11% têm associações literárias. Atividade de desenho e pintura é feita em 39,6% dos municípios.
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