O candidato à Presidência do PSL , Jair Bolsonaro , não participará do último debate entre os presidenciáveis nesta quinta-feira, na TV Globo . O deputado passou três semanas internado depois de sofrer um ataque a faca durante ato de campanha em Minas Gerais. Após passar por uma nova avaliação nesta quarta-feira, os médicos do deputado federal afirmaram que contra-indicaram a participação dele. Apesar do bom estado clínico, a equipe avaliou que ele ainda não pode se submeter ao cansaço de duas horas de debate.
— Depois da nossa avaliação clínica, nós contra-indicamos participação em debates ou em qualquer atividade que pudesse cansá-lo ou obrigá-lo a falar por mais de dez minutos — disse o cirurgião Antonio Luiz Macedo. Chefe da equipe que cuidou de Bolsonaro no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, ele viajou ao Rio somente para consultar Bolsonaro.
O cirurgião justificou que a recomendação para não ir ao debate deve-se ao fato do candidato do PSL ter passado por duas cirurgias de grande porte. A primeira foi realizada logo após o ataque, no dia 6 de setembro. A outra, de emergência, ocorreu sete dias depois, no Einstein, em São Paulo, para corrigir uma obstrução intestinal grave.
— Ele ainda não tem condições de ficar por mais de dez, quinze minutos em discussão ou em alguma atividade que exija esforço físico. Isso pode prejudicar a evolução dele — justificou o médico, que falou à imprensa na porta do condomínio onde Bolsonaro vive na Barra da Tijuca.
Bolsonaro vinha afirmado que gostaria de participar do debate, mas o médico descartou a hipótese do candidato de não cumprir a determinação.
— Ele é extremamente obediente, então ele não vai — pontuou o cirurgião.
A previsão é que Bolsonaro seja liberado para suas primeiras atividade entre sete e dez dias. Esse é o prazo final para a recuperação.
— Mais sete a dez dias ele estará completamente recuperado, mas hoje ainda ele fica muito cansado quando se esforça muito. Ele não está pronto pra ficar uma ou duas horas sentado discutindo — observou.
Macedo saiu de São Paulo, acompanhado do cardiologista Leandro Echenique, para consultar o candidato em casa. Os médicos chegaram ao condomínio onde vive o presidenciável pouco antes das 10h. Na consulta de cerca de uma hora, os médicos fizeram um exame clínico e avaliaram os exames laboratoriais.
Bolsonaro teve alta no último sábado, dia 29 de setembro. O candidato se recupera em casa e tem o acompanhamento de uma enfermeira da equipe do Einstein, além de seguir com a rotina de fisioterapia e dieta leve.
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Redação iBahia
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