Um dia após o primeiro turno das eleições, os candidatos a presidente Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) concederam entrevista ao Jornal Nacional e afirmaram que vão governar respeitando a Constituição.
Jair Bolsonaro
O candidato do PSL, Jair Bolsonaro, negou a possibilidade de convocação de uma Assembleia Constituinte caso seja eleito presidente. Em setembro, o candidato a vice, general Antônio Hamilton Mourão, chamou de "erro" a Constituição de 1988 e disse que uma nova Carta não precisaria ser redigida por eleitos pelo povo, mas sim por um "conselho de notáveis".
- Ele é general e eu sou o capitão, mas eu sou o presidente. Desautorizei (o general) nesses dois momentos. Ele não poderia ir além daquilo que a Constituição permite. Jamais eu posso admitir uma nova constituinte, até por falta de poderes para tal - afirmou Bolsonaro.
Em outra declaração, Mourão sugeriu que o presidente eleito poderia dar um "autogolpe" a depender das condições do país. Bolsonaro também negou a hipótese:
- A questão de autogolpe, não entendi direito o que ele quis dizer naquele momento. Mas isso não existe. Se estamos disputando a eleição, é porque acreditamos no voto popular e seremos escravos da Constituição.
Bolsonaro reforçou que será ele o responsável pelo governo, caso eleito. Em dois momentos, ele trocou o nome do companheiro de chapa, a quem chamou de Augusto.
- Repito: o presidente será Jair Bolsonaro e quem o auxiliará será o general Augusto Mourão. Hamilton Mourão. E ele sabe muito bem da responsabilidade que tem da ocasião da sua escolha como vice. Queremos um governo com autoridade e sem autoritarismo, por isso nos submetemos ao sufrágio popular. O que falta um pouco ainda (a Mourão) é um pouco de tato, convivência com a política. E ele rapidamente se adaptará à realidade brasileira e à função tão importante que é a dele. General Augusto Mourão, agradeço sua participação, mas, nesses dois momentos, ele foi infeliz, deu uma canelada. O presidente jamais autorizaria qualquer coisa nesse sentido.
Fernando Haddad
O candidato do PT, Fernando Haddad, afirmou ter revisto sua posição de fazer uma nova Constituinte, e que fará as reformas necessárias por emenda constitucional. Ele ressaltou que fará reforma tributária.
- Quem sustenta o estado é o pobre, e os muito ricos pagam pouco proporcionalmente à renda.
Haddad disse ainda que é preciso reduzir os impostos da classe média e dos mais pobres, para que voltem ao consumo e abram espaço para a retomada do crescimento.
O candidato disse que sua proposta prevê isenção de imposto de renda para quem ganha até cinco salários mínimos e afirmou que é preciso reduzir a taxa de juros. Segundo ele, se as empresas tiverem mais lucro poderão voltar a contratar.
Ele prometeu ainda o fim do congelamento dos gastos do governo, aprovado por medida provisória do governo, que afetou os investimentos.
O petista disse que, no segundo turno, os eleitores poderão confrontar apenas dois projetos para o país e que o projeto do PT visa gerar emprego e oportunidade educacional.
- Desenvolvimento para poucos não é desenvolvimento - afirmou. - O que nos interessa é o crescimento compartilhado com todos os brasileiros.
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Redação iBahia
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