A campanha da presidente Dilma Rousseff à reeleição usou em sua propaganda eleitoral na televisão imagens de uma ficha criminal que a própria presidente disse no passado que não é autêntica.
De acordo com a Folha, o documento que é utilizado no programa de estreia e em anúncios, mostra ações armadas das quais Dilma teria participado durante a ditadura militar (1964-85).
A ficha aparece ao final do programa da presidente, por poucos segundos, quando a campanha reforçava a luta da petista contra o regime militar que comandou o país. Nos anos 70, Dilma integrou organizações de oposição aos governos militares, entre as quais a VAR-Palmares, um dos principais grupos da luta armada. A presidente foi presa e torturada.
A campanha confirmou o uso da imagem, mas disse que ela foi usada como recurso "meramente ilustrativo e metafórico, sem qualquer referência a seu conteúdo e sem tratá-lo como documento."
A ficha havia sido divulgada pela Folha em 2009. Na ocasião, Dilma disse, com laudos, que o documento continha "manipulações tipográficas" e "fabricação digital".
A presidente não participou das ações descritas na ficha. "Nunca fiz uma ação armada", disse em entrevista concedida em abril de 2009 também ao Jornal Folha de São Paulo. Em texto publicado após a divulgação da ficha, o jornal escreveu ter cometido dois erros durante a publicação da reportagem sobre o documento, que circulava em sites na internet.
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