Os três carros de luxo apreendidos pela Polícia Federal na terça-feira (14) na Casa da Dinda, residência do senador Fernando Collor (PTB-AL) em Brasília, não constam na declaração de bens que ele entregou à Justiça Eleitoral em 2014.
Atualmente, um Lamborghini como o apreendido por Collor, o segundo modelo mais caro à venda no Brasil, custa R$ 3,8 milhões. Os últimos exemplares zero-quilômetro da Ferrari disponíveis no Brasil foram vendidos por R$ 1,9 milhão. E um Porsche zero-quilômetro, hoje, sai por R$ 693 mil. Os três carros juntos totalizariam R$ 6,3 milhões. Segundo o Denatran, a Ferrari é de 2010/2011, o Porsche, de 2011/2012, e o Lamborghini, de 2013/2014. O Porsche tem placa de Maceió. Os outros dois, de São Paulo, de acordo com o jornal O Globo. Na declaração de bens entregue ao Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE-AL), o senador informou ter em julho do ano passado 14 carros, mas os veículos apreendidos não estão entre eles. O carro mais caro declarado por Collor é um BMW (R$ 714,5 mil), seguida por uma Ferrari preta (a apreendida pela PF era vermelha), que tem valor de R$ 556 mil. Os carros declarados totalizam quase R$ 3 milhões, um valor inferior ao que custam os carros apreendidos na casa do senador. Os bens declarados pelo senador à Justiça Eleitoral totalizam R$ 20,3 milhões e incluem sociedade em empresas, duas lanchas, imóveis e terrenos. Collor é um dos senadores alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) na Operação Lava Jato. Em acordo de delação premiada, o doleiro Alberto Youssef afirmou, por exemplo, que Collor era beneficiário de propina em uma operação da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras. A distribuição do dinheiro contava com a participação do ex-ministro de Collor, Pedro Paulo Leoni Ramos, dono da GPI Investimentos. A Operação Politeia, nova fase da Operação Lava Jato, foi deflagrada na manhã de terça-feira (14), a partir de autorizações de busca e apreensão emitidas pelo Supremo Tribunal Federal. Foram cumpridos mandados em casas, escritórios e empresas de políticos, entre eles os senadores Fernando Collor (PTB-AL), Ciro Nogueira (PP-PI), Fernando Bezerra (PSB-PE), o deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE) e o ex-ministro das Cidades Mário Negromonte.
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