Fumar não faz mal somente para a saúde, mas também para o bolso. De acordo com o resultado do Índice de Custo de Vida (IVC) do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socieconômicos (DIEESE), o hábito tem um forte impacto no orçamento da família brasileira. Quase 2% da renda média estaria destinada aos gastos com o cigarro - quase o mesmo valor é empregado na compra de roupas (1,36%). Os cálculos da economia gerada são simples. Se um indivíduo, que fuma pelo menos uma carteira todos os dias, paga em média R$4,80 pelo produto, ao final de um ano ele terá gastado cerca de R$1.700 reais. Por mês, o valor chegaria a quase 1/4 do salário mínimo. Isso equivaleria anualmente a seis cestas básicas ou a diversos outros investimentos que poderiam melhorar a qualidade de vida como, por exemplo, investindo numa alimentação melhor, na mensalidade de uma boa academia, num curso de idiomas ou numa viagem à lazer.
Preços devem subir no próximo ano As preocupações com os prejuízos ocasionadas pelo vício da nicotina tem, ao longo de mais de duas décadas, suscitado diversas medidas anti-tabagismo no Brasil. Para se ter um ideia os gastos no Sistema Único de Saúde para tratar de doenças relacionadas ao hábito ultrapassam a marca do R$ 400 milhões de reais. Visando alterar essa realidade, uma medida, que passará a valer já em 2012, foi anunciada pelo Ministério da Fazenda: tributação cobrada sobre o cigarro aumentará. Além disso, também foi definido um preço mínimo para a venda do cigarro no varejo na tentativa de evitar a alta sonegação que existe no setor. Essas medidas, a priori de caráter econômico, inevitavelmente terá consequências no orçamento do consumidor. Atualmente,de acordo com a Receita Federal, a carga tributária sobre os cigarros varia de 51% a 61%, de acordo com a classe e a embalagem. Com a nova forma de tributação do produto, o peso dos impostos na composição do preço final subirá para 60% a 72%. A meta do governo é fazer com que, até 2015, o preço mínimo de qualquer marca de cigarro seja de R$ 4,50.
A partir de 2012, os consumidores poderão pagar mais caro pelo consumo do cigarro |
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