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Clube do Bolinha: usuários reclamam de app que avalia mulheres

Aplicativo foi lançando anteontem em São Paulo e já teve entre 10 mil e 50 mil instalações

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11/12/2013 às 9:38 • Atualizada em 26/08/2022 às 22:51 - há XX semanas
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Mulheres, preparem-se. O Tubby foi uma farsa, mas o aplicativo Clube do Bolinha, de pouco se falou até agora, é realidade e as avaliações do seu desempenho já estão correndo por aí. A plataforma tem a mesma proposta do Lulu, em que é possível avaliar homens com hashtags (#) e, assim, dar uma nota para os rapazes. Só que agora os alvos são femininos. Lançado anteontem em São Paulo, o aplicativo já teve entre 10 mil e 50 mil instalações, de acordo com a loja virtual Google Play.

Por enquanto, o aplicativo só está disponível para os aparelhos com sistema Android. Para disponibilizar o programa para os usuários do sistema iOS, os desenvolvedores informam que só estão aguardando a aprovação da Apple. Assim como o Lulu, o Clube do Bolinha utiliza os dados do Facebook para mapear quem receberá notas. Os usuários têm que responder a três perguntas: se conhece a mulher, se já ficou e se já transou. Há ainda opções para classificar as moças, como “Não fede, nem cheira”, “Torna o rolê inesquecível”, “Adora dar showzinho” e “Finge estar bêbada”. Depois de responder às perguntas, é o momento de avaliar as mulheres: #Mariagasolina, #Bigodinho, #SóFazMiojo, #Camarão, #Ficaesperto, #AmigasFifi, #SabeOQuefaz, #BeijaBem, #ChefedeCozinha e #TopCapadeRevista são alguns das hashtags. A principal diferença em relação ao Lulu é que no Clube do Bolinha os perfis são avaliados com estrelas, além das notas. O publicitário José Máximo Neto gostou da possibilidade de avaliar alguém. Depois de ficar com nota 8 no Lulu, ele diz não enxergar no novo aplicativo uma vingança. “Fui bem avaliado no Lulu, mas teve uma coisa lá que disseram que não é verdade. Baixei esse mais por curiosidade, não como um meio de ‘dar um troco’, queria ver como funciona”. Após avaliar uma garota, Neto reclamou da falta de alternativas. “Não é dinâmico, não tem opções de hashtag, só pode escolher uma positiva e uma negativa”. Pesquisa Para o publicitário, este tipo de aplicativo ajuda a melhorar a si mesmo e também os relacionamentos. “Numa pesquisa de mercado, identificamos os pontos negativos e adequamos o produto. Acho que a pessoa pode melhorar com o aplicativo”, diz. Já a jornalista Daiane Oliveira mudou o sexo no Facebook para masculino para poder entrar e fazer as avaliações. “Eu supercurti e achei os comentários mais leves que o Lulu”. Até ontem, ela não havia recebido nenhuma nota e diz que não pretende apagar seu perfil. “Vou arriscar. Até que gosto da ideia de ser avaliada, vou saber o que falam de mim no bar”, afirma. Mas se você não pensa como Daiane e quiser escapar das avaliações, basta ir nas configurações do Facebook, abrir a área de bloqueio e selecionar Clube do Bolinha. Há mulheres que fizeram isso correndo. “Se eu não estivesse namorando, eu não ficaria com medo. O receio é de como meu namorado iria encarar isso”, afirma uma universitária de 22 anos, pedindo anonimato. E se ela estivesse solteira? “Se eu estivesse solteira? Confesso que deixaria, até por curiosidade mesmo, para saber como eu seria avaliada”, admite. Também tem aquelas mulheres que já recorreram aos amigos para saber em que nível estão suas estrelas. “Eu soube do aplicativo por uma amiga e baixei para verificar se seu o perfil estava exposto. Como ela excluiu, não encontrei nada”, conta o advogado Tassio Almeida. Tassio garante que ainda não avaliou ninguém. No Lulu, ele também não recebeu nenhuma nota. “Não fiz avaliações justamente por não ser a favor dessa exposição”, diz. Programa é mal avaliado por usuáriosNo Google Play, loja virtual com aplicativos para smartphone, o próprio Clube do Bolinha foi avaliado e levou nota baixa. Ontem, o valor atribuído ao aplicativo não passou de 2,2. Muitos usuários reclamaram de erros no programa e de que não estavam conseguindo finalizar as avaliações. “Passei muito tempo para conseguir acessar o Bolinha. Tentei avaliar algumas pessoas aqui, deu erro no final, mas é muito desorganizado”, reclama o publicitário José Neto. Com uma resposta padrão aos 20 comentários negativos, os desenvolvedores tentaram justificar os problemas: “Pedimos desculpas, estávamos com sobrecarga no servidor, já são mais de 20.000 mil bolinhas conectadas. Aumentamos a capacidade dos servidores e já melhorou a navegação no App... Fica ligado!”. O CORREIO tentou contato com os desenvolvedores do aplicativo, mas eles não responderam às solicitações de entrevista. Matéria original do Correio Clube do Bolinha: usuários reclamam do app e dizem que não conseguem avaliar mulheres

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