Uma pesquisa recente divulgada pela Confederação Nacional da Indústria, indica que, com o orçamento mais apertado, os brasileiros estão reduzindo gastos com lazer.
Entre os setores afetados estão viagens, compras de produtos de uso pessoal. Algumas contas como água e luz também estão ficando atrasadas. Cerca de 60% dos entrevistados da pesquisas afirmam que precisaram fazer a redução, como é o caso da empresária Bianca Andrade.
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"Eu, de fato precisei fazer algumas escolhas, para que a vida prática coubesse no meu orçamento. Então, se antes eu saía todos os finais de semana, agora eu elegi dois para sair, bem programados, em lugares em que o custo seja acessível para mim, porque já não está mais viável ter a rotina que eu tinha, inclusive desde antes da pandemia", afirma.
A empresária também destaca que o aumento da gasolina impacta diretamente nos custos dela, já que precisa calcular o preço das viagens feitas com motoristas por aplicativo.
"Então, a alta dos custos do combustíveis, implica diretamente no custo de Uber. Então eu preciso também o deslocamento, não pode ser um lugar tão distante para que eu faça essa programação.
Além da redução de gastos com lazer e itens de uso pessoal, o orçamento apertado também trouxe mudanças no dia a dia. Segundo a pesquisa, cerca de 40% dos entrevistados deixaram de comprar alguns alimentos, como é o caso da família da estudante Rayana Almeida, que fez mudanças na hora das compras.
"Por exemplo, esse mês, nós costumamos aqui em casa comprar caixa de leite, e esse mês nós não pudemos comprar e não encaixou no orçamento. Então, nós preferimos dar um tempo e substituir. Por exemplo, o café pelo chá, e as carnes por outras coisas. E assim a gente vai levando. Algumas contas também, que elevaram bastante o preço, fez com que a gente desse uma pauta no chuveiro, na televisão, e outras coisas de casa para poder conseguir pagar", conta a estudante.
Apesar disso, a expectativa da população é chegar ao fim do ano com um pouco mais de folga nas finanças. Do total de entrevistados, 56% acreditam que, até dezembro, estarão com um situação econômica pessoal melhor ou muito melhor.
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Redação iBahia
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