icone de busca
iBahia Portal de notícias
CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE
BRASIL

Congresso Nacional oficializa criação da CPI do Cachoeira

O ato da criação da comissão, no entanto, é uma mera formalidade, porque tanto a oposição quanto o governo já definiram seus alvos preferenciais na investigação

foto autor

19/04/2012 às 12:54 • Atualizada em 30/08/2022 às 16:37 - há XX semanas
Google News iBahia no Google News
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Caso Cachoeira foi criada nesta quinta-feira (19) durante uma sessão do Congresso Nacional. A leitura do requerimento que oficializou a comissão foi feita pelo primeiro-secretário do Congresso Nacional, deputado Eduardo Gomes (PSDB-TO). A sessão foi presidida pela deputada Rose de Freitas (PMDB-ES), que substitui o presidente do Senado e do Congresso, José Sarney (PMDB-AP), internado em São Paulo com problemas cardíacos. Segundo a deputada, 337 assinaturas válidas dentre 513 deputados foram registradas a favor da criação da CPMI. No Senado, foram 72 assinaturas válidas dentre os 81 senadores. Para a criação de uma CPI mista, são exigidas, no mínimo, 171 assinaturas na Câmara e 27 no Senado, segundo informações do portal G1. O ato da criação da comissão, no entanto, é uma mera formalidade, porque tanto a oposição quanto o governo já definiram seus alvos preferenciais na investigação e até montaram equipes de técnicos para isso. A oposição mira o Palácio do Planalto e o governo quer vincular Cachoeira ao PSDB, a setores da imprensa, do Ministério Público e até do Judiciário. “O alvo é o governo. Vamos entrar 100% no ataque”, resumiu o líder do DEM na Câmara, ACM Neto (BA). “Se houver indícios de participação da mídia e do Judiciário no esquema de Cachoeira, vamos convocar, investigar e propor a punição”, afirmou o líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto (SP). Na semana passada, o presidente do PT, Rui Falcão, divulgou um vídeo no site do partido, conclamando todos a apoiar a CPI para apurar o “escândalo dos autores da farsa do mensalão”. A iniciativa irritou a presidente Dilma Rousseff. Ela não gostou de ver Falcão vinculando a CPI à estratégia petista para neutralizar o processo do mensalão, que deve ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) neste ano eleitoral. Nos bastidores do governo, auxiliares de Dilma observam que é preciso muito cuidado na escolha dos nomes que terão assento na CPI porque maioria na comissão não significa, necessariamente, maioria de votos. Enquanto isso, o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, está no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, onde dividirá cela com mais 22 presos. Ele chegou à capital federal por volta das 8h de ontem, vindo do Presídio Federal de Mossoró (RN). Cachoeira ficará à disposição da Justiça por tempo indeterminado. Investigações da PF, por meio das operações Vegas e Monte Carlo sobre jogos de azar, indicam o envolvimento de agentes públicos e privados com o empresário. Há suspeitas de que empresários e políticos receberam dinheiro de Cachoeira para promover tráfico de influência a fim de aprovar propostas, no Congresso, que beneficiasse o setor.

Leia também:

Foto do autor
AUTOR

AUTOR

Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!

Acesse a comunidade
Acesse nossa comunidade do whatsapp, clique abaixo!

Tags:

Mais em Brasil