RIO — Um grupo de cem artistas e intelectuais franceses levantou polêmica ao publicar no jornal "Le Monde" um artigo defendendo a liberdade dos homens de "importunar" as mulheres com "paqueras insistentes" e "galanteios".
A declaração foi dada como resposta à cerimônia do Globo de Ouro, que serviu de palco para manifestações contra o assédio sexual. Para a escritora Danuza Leão, as francesas estão certas: "o Globo de Ouro pareceu um grande funeral", disse ela.
Leia o depoimento de Danuza ao GLOBO:
"O que não está claro para mim é o conceito de assédio. É uma paquera? Avanços sexuais entre homens e mulheres começam sempre de um lado. Às vezes, o outro lado não quer, e isso é normal. Como definir?
Espero que essa moda de denúncia contra assédio sexual não chegue ao Brasil. O que aconteceu no Globo de Ouro me pareceu um grande funeral. Apesar dos vestidos lindíssimos, acho que aquelas mulheres (que foram à cerimônia de preto) foram muito pouco paqueradas e voltaram sozinhas para casa.
Não acho que as denúncias de assédio possam gerar uma ‘caça às bruxas’ porque são uma coisa ridícula, para começo de história. É doloroso saber que uma mulher pode fazer uma acusação e tirar o emprego de um homem. É algo pecaminoso. Mas isso é coisa de americano. Lá eles não têm noção de sexo. É ótimo passar em frente a uma obra e receber um elogio. Sou desse tempo. Acho que toda mulher deveria ser assediada pelo menos três vezes por semana para ser feliz. Viva os homens."
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Redação iBahia
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