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Delegada minimiza chance de incêndio acidental em Centro gaucho

Local será sede, no sábado (13), do casamento coletivo com um homossexual

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11/09/2014 às 23:39 • Atualizada em 01/09/2022 às 17:50 - há XX semanas
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Peritos do Instituto Geral de Perícias do Rio Grande do Sul encontraram restos de uma garrafa com vestígios de gasolina entre os destroços do Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Sentinelas do Planalto, de Santana de Livramento (RS). Parcialmente destruído por um incêndio na madrugada desta quinta-feira (11), o local será sede, no sábado (13), do casamento coletivo de 28 casais heterossexuais e um homossexual. Segundo a delegada Giovana Muller, o laudo pericial ainda não foi concluído. “Considerando todo o contexto, isso praticamente elimina a hipótese de se tratar de um incêndio culposo [não intencional]”, declarou a delegada à Agência Brasil, referindo-se aos boatos, ameaças e críticas que surgiram após a diretora do Foro de Livramento, juíza Carine Labres, propor que o casamento coletivo fosse celebrado no CTG. Assim como a delegada Michele Mendes Arigony, da Delegacia de Pronto-Atendimento (DPPA), já havia revelado à Agência Brasil mais cedo, Giovana confirmou que testemunhas afirmaram, extraoficialmente, ter visto pessoas estranhas circulando pelo local pouco antes do início do incêndio. “Mas ainda não conseguimos avançar e confirmar algumas informações preliminares, como a de que quatro pessoas estariam em um carro cuja placa teria sido anotada. Continuamos checando tudo isso”. Com a hipótese de incêndio criminoso quase confirmada, aumenta a suspeita de que o crime tenha sido praticado por pessoas contrárias à presença de um casal homossexual na solenidade no CTG, no dia que marca o início das comemorações da Semana Farroupilha e das homenagens ao general Bento Gonçalves da Silva, líder da revolução que buscava a independência da então província do Rio Grande do Sul do Império. Bento Gonçalves é o símbolo da valentia gaúcha. Embora esse seja o primeiro casamento previsto para ocorrer em um centro de tradições gaúcha, um primeiro casamento homoafetivo foi celebrado, em março deste ano, durante uma cerimônia coletiva promovida pelo Poder Judiciário gaúcho, na comarca de Santana do Livramento. Por meio das redes sociais, o presidente do CTG, Gilbert Gisler, lamentou o ocorrido. “Sinto-me triste, magoado, indignado. São 30 anos de história [do centro]”, salientou. Gisler e a juíza Carine Labres já declararam que, apesar dos estragos, a cerimônia ocorrerá no centro, conforme anunciado.

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