A delegada Cristiana Bento, responsável pelas investigações sobre o estupro coletivo sofrido por uma adolescente de 16 anos, no Morro da Barão, na Praça Seca, Zona Oeste do Rio, vai ouvir novamente a vítima do abuso sexual. De acordo com a titular da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (Dcav), o objetivo é tratar de novas informações surgidas no decorrer do caso.
"Precisamos ouví-la para esclarecer alguns fatos que foram narrados por outras testemunhas", explicou Cristiana. Como foi incluída com a família no Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte (PPCAAM), de gestão federal, o novo depoimento será feito através de videoconferência. A data em que isso ocorrerá, entretanto, ainda não foi definida. Em um primeiro momento, a jovem prestou depoimento para o delegado Alessandro Thiers, então à frente da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI). Ele acabou afastado das investigações após uma série de polêmicas, incluindo críticas à sua condução na oitiva da menina. Depois, a adolescente também foi ouvida por agentes da Dcav.
Nesta terça-feira, Thiers foi afastado também da DRCI. Segundo o delegado Ronaldo Oliveira, diretor do Departamento Geral de Polícia Especializada (DPGE), o delegado entregou o cargo. Fontes ouvidas pelo EXTRA, porém, afirmam que a saída se deu por conta da evolução das investigações da Dcav acerca do estupro, apontando para a ocorrência de abuso sexual contra a jovem. Procurado, o delegado preferiu não comentar o afastamento.
A nova delegada da DRCI é uma mulher, Daniela Terra, que estava à frente da 33ª DP (Realengo). Ela e Cristiana Bento ingressaram juntas na corporação. Alessandro Thiers, por enquanto, permanece sem a titularidade de nenhuma unidade. Já a 33ª DP passa para as mãos da delegada Márcia Cristina Lopes, antes na 40ª DP (Honório Gurgel).
Logo após Thiers ser afastado das investigações sobre o estupro coletivo, o chefe da Polícia Civil, Fernando Veloso, chegou a afirmar que a corporação iria "avaliar se houve falta de habilidade na questão do trato com a vítima". O Ministério Público do Rio também pediu, na ocasião, a abertura de inquérito para apurar a conduta do delegado ao longo do caso.
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Redação iBahia
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