|
---|
|
Ao final de uma reunião da Comissão de Direitos Humanos do Senado, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) e a senadora Marinor Brito (PSOL-PA) acabaram gerando uma grande confusão. A reunião discutia um projeto que prevê punições para discriminação homossexual. Após recente histórico de homofobia, Bolsonaro estava presente na reunião munido de panfletos anti-gay preparados pela sua assessoria. O material já havia sido distribuído no Rio de Janeiro e tem objetivo específico criticar pontos do Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos do Ministério da Educação e Cultura como o chamado “kit gay” (filmes e cartilhas contra a discriminação sexual), que o MEC provavelmente começa a distribuir nas escolas de ensino médio no segundo semestre. O deputado ainda fez um desabafo: “Esse material dito didático pelo MEC não vai combater a homofobia, ele vai estimular a homofobia lá na base no primeiro grau”, durante a distribuição no Rio. A senadora rebateu acusando-o de confeccionar o material com dinheiro público. Não perdendo a oportunidade, o deputado ficou atrás da senadora Marta Suplicy numa entrevista que ela estava cedendo, numa tentativa de divulgar o material homofóbico. Indignada, a senadora do PSOL-PA foi para cima de Bolsonaro, dando um tapa na mão e iniciando a forte discussão: “Depois dizem que não tem homofóbico aqui. Tu és homofóbico. Tu deveria ir pra cadeia! Tu deveria ir pra cadeia! Tira isso daqui. Homofóbico, criminoso, criminoso, tira isso daqui, respeita!”, desabafou a senadora.