A cultura brasileira vai ser mostrada na Europa de forma eclética e diversificada no 23º Europalia - festival de artes da Europa. A escolha dos espetáculos, filmes e das exposições considerou a qualidade dos trabalhos e a história dos artistas. O diretor de Relações Internacionais do Ministério da Cultura, Marcelo Dantas, disse à Agência Brasil que o esforço dos curadores – há um para cada área artística – foi “fugir do óbvio”. “A nossa preocupação foi escolher trabalhos que mostrem a diversidade da cultura brasileira. Vamos mostrar o Brasil e sua diversidade cultural e também a representatividade regional. Tudo com muita qualidade e história”, disse Dantas. Do total de 130 shows, 60 apresentações de dança e 40 de teatro, 20 exposições de artes visuais e 80 conferências literárias, há amostras de diferentes estilos. Na música, os sambistas da chamada Velha Guarda da Portela mostrarão o samba original e tradicional feito no Rio de Janeiro. Os instrumentistas Hermeto Pascoal e Egberto Gismonti apresentarão a originalidade da busca por sons em todos os objetos, além dos instrumentos convencionais. O rapper Marcelo D2 vai mostrar a mistura entre black music, rock e rap. A banda Pedro Luis e a Parede, que mescla rock, samba, rap e funk, apresentará sua produção. O grupo Corpo, de Belo Horizonte, reconhecido pela originalidade do ballet contemporâneo, vai mostrar suas últimas produções. As companhias Giramundo, que faz teatro de bonecos, e a Intrépida Trupe, que há 21 anos mistura circo, teatro e dança nos seus espetáculos, também estará presente. O poeta e ensaísta Augusto de Campos e os escritores João Ubaldo Ribeiro e Renato Carvalho estão entre os brasileiros que participarão das conferências no Europalia. Nas artes visuais, a escolha dos trabalhos remete desde o período colonial do Brasil até os dias de hoje passando por obras da Semana de Arte Moderna de 1922. No cinema, a ideia é apresentar um panorama geral do que se produz no Brasil. Por isso há curtas, médias e longas metragens, assim como filmes destinados às crianças, além do público adulto. Dantas disse que foi um “desafio imenso” reunir todos os trabalhos, das distintas áreas, e que a falta de recursos por pouco não impediu a realização do evento. “Houve um momento que tudo ficou muito difícil. Mas as empresas vieram e se ofereceram para ajudar. A Vale repassou R$ 3 milhões, o Banco do Brasil apoiou os projetos com R$ 1 milhão, assim como os Correios, o BNDES [Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social], a empresa de telefonia Oi, o Banco Safra, entre tantos outras empresas. Se não fosse o apoio de várias companhias, acho que ficaria muito difícil ter festival”, disse Dantas.
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