A Procuradora-geral da República, Raquel Dodge, reiterou na tarde deste sábado ao Supremo Tribunal Federal (STF) seu parecer contra o pedido de liberdade do médium João Teixeira de Faria, o João de Deus. A nova manifestação foi feita em resposta a pedido do presidente do STF, Dias Toffoli, que responde pelo plantão da corte. João de Deus está preso desde 16 de dezembro do ano passado em Aparecida de Goiânia (GO) e sua defesa requer prisão domiciliar alegando problemas de saúde. O médium chegou a ser levado esta semana a um hospital em Goiânia (GO), mas retornou ao presídio na quinta-feira.
Dodge já tinha se posicionado contra o pedido de liberdade do médium em 26 de dezembro de 2018. Ela destacou que os exames feitos durante o atendimento hospitalar a João de Deus nesta semana não constataram nenhum problema de saúde que justifique eventual transferência para prisão domiciliar.
“Em nenhum dos atendimentos médicos registados no relatório foi especificado algum problema de saúde do paciente que não possa ser acompanhado e tratado no estabelecimento prisional onde se encontra”, afirmou a PGR.
Ela afirmou que a eventual transferência só poderia ser realizada se fosse comprovada uma patologia grave que não pudesse ser tratada dentro do estabelecimento prisional em que ele se encontra.
Dodge destaca haver nos processos informações detalhadas dos atendimentos médicos ao qual o médium foi submetido e que não houve qualquer intercorrência posterior após seu retorno à prisão. Acusado de crimes de exploração sexual e estupro, João de Deus está preso preventivamente.
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