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Dois meses após assassinato, veja a situação dos envolvidos

Processo segue em andamento no Tribunal de Justiça do Paraná

Redação iBahia • 28/12/2018 às 15:58 • Atualizada em 26/08/2022 às 23:30 - há XX semanas

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Após dois meses da brutal morte do jogador Daniel Corrêa, de 24 anos, em uma área rural de São José dos Pinhais, nos arredores de Curitiba, no dia 27 de outubro, o processo segue em andamento no Tribunal de Justiça do Paraná.
Jogador Daniel Corrêa foi morto no Paraná. (Foto: Instagram/Reprodução)
Entre as sete pessoas envolvidas no crime, apenas uma responde em liberdade: Evellyn Perusso, que teria se envolvido com a vítima durante a festa de aniversário de Allana Brittes, a filha do assassino confesso, Edison Brittes. Allana está na mesma cela de sua mãe, Cristiana. As duas aguardam a decisão de pedidos de habeas corpus feitos em meados deste mês. Os outros denunciados são Ygor King, David Willian da Silva e Eduardo Henrique da Silva, sendo este primo de Cristiana.
O delegado Amadeu Trevisan, que ficou responsável pelas investigações, afirmou, à época da elucidação dos fatos, que Daniel estava "bastante embriagado" e "totalmente indefeso" no dia em que fora brutalmente assassinado e tivera o órgão genital mutilado.
De acordo com o Ministério Público do Paraná (MPPR), os envolvidos, com diferentes participações, foram denunciados por sete crimes: homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima), ocultação de cadáver, fraude processual, coação no curso do processo, denunciação caluniosa, falso testemunho e corrupção de menor.
Leia abaixo como está a situação de cada um:
A família Brittes
O empresário Edison Brittes, foi denunciado por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, corrupção de menor, fraude processual e coação no curso do processo. O delegado Trevisan chegou a ressaltar, em entrevista à imprensa, que Edison é "um sádico" e "sem remorso". Inicialmente, o empresário disse à polícia que matou o jogador porque ele tentou estuprar sua mulher depois de participar da festa de aniversário de Allana. No entanto, a polícia não encontrou vestígios que comprovem essa versão.
Edison Brittes responderá por homicídio qualificado e ocultação de cadáver do jogador Daniel. (Foto: Reprodução/TV Globo)
Ainda de acordo com a Polícia Civil do Paraná, imagens registradas por câmeras de segurança de um shopping em São José dos Pinhais mostraram os suspeitos na praça de alimentação dois dias após o assassinato. O vídeo indicava que Edison Brittes estava coagindo ao menos duas testemunhas. Outro vídeo, que foi publicado pelo Fantástico, da TV Globo, mostrou a chegada de um terceiro suspeito ao encontro.
A mulher do assassino confesso, Cristiana, e a filha do casal, Allana, de 18 anos, estão juntas na cela em um presídio feminino, informou o advogado da família, Cláudio Dalledone. Segundo ele, ambas esperam os resultados de pedidos habeas corpus, feitos em meados deste mês, para que possam poder responder em liberdade. Também é aguardado o agendamento da audiência que definirá o processo.
"Elas estão abatidas com tudo isso. Não tiveram participação em nada (da morte de Daniel)", afirmou Dalledone ao EXTRA nesta sexta-feira.
Segundo o MPPR, Cristiana foi denunciada por homicídio qualificado por motivo torpe, fraude processual, corrupção de menor e coação no curso do processo, mesmos crimes pelos quais foi denunciada a filha, com exceção do homicídio.
Ygor King e David Willian da Silva
Ygor King, de 19 anos, e David Willian da Silva, de 18 anos, se apresentaram à polícia e contaram ter participado das agressões ainda na casa do empresário Edison Brittes Júnior, mas negaram ter atuado em sua morte. A dupla foi denunciada por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual e corrupção de menor, sendo que David também responde por denunciação caluniosa.
Segundo o delegado Amadeu Trevisan, eles teriam ajudado a colocar Daniel dentro do carro, ainda em vida, quando estavam na casa do empresário. No entanto, quando chegaram à área rural, afirmaram que Edison os ameaçou, dizendo que teriam o mesmo fim do jogador se saíssem do veículo para observar o que ele faria.
Segundo os peritos do Instituto de Criminalística da Polícia Civil do Paraná, o transporte do corpo entre o veículo e o local onde foi encontrado, próximo a uma estrada, possivelmente foi feito por mais de uma pessoa. O laudo final sobre a morte do jogador indicou ainda que a residência e o veículo da família Brittes, onde a vítima foi espancada e em seguida transportada até um matagal, passaram por uma limpeza, o que dificultou o trabalho de coleta de fluídos biológicos.
Eduardo Henrique da Silva
Dentro do carro também estaria Eduardo Henrique da Silva, de 19 anos, que é primo de Cristiana. Ele foi denunciado por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual e corrupção de menor.
Segundo entrevista de seu advogado à emissora RPC, Eduardo afirmou, em depoimento, que a intenção era "castrar" a vítima e abandoná-la na rua, mas não matá-lo.
Evellyn Perusso
A sétima suspeita de estar envolvida na morte do jogador Daniel, Evellyn Perusso, responde por denunciação caluniosa, fraude processual, corrupção de menor e falso testemunho. O nome dela não havia sido apontado na lista de pessoas indiciadas após o fim do inquérito policial. Contudo, o promotor do caso, João Milton Salles, decidiu incluí-la na denúncia.
Para promotor Evellyn mentiu em depoimento e limpou provas do crime, defesa diz que jovem foi coagida. (Foto: Reprodução/Redes Sociais)
Segundo o promotor, durante os depoimentos que prestou sobre o caso, a jovem indicou Eduardo Purkote como uma das pessoas que agrediu Daniel na casa da família Brittes e que teria entregado a Edison Brittes a faca que ele usou para matar o jogador. Purkote chegou a ser preso temporariamente, mas foi liberado após a investigação concluir que ele não teve participação em nenhuma etapa do crime.
A trajetória de Daniel no futebol
Daniel passou por grandes clubes do futebol brasileiro, como o Coritiba, Botafogo e Ponte Preta. O meia tinha contrato até dezembro com o São Paulo, que havia emprestado o jogador ao São Bento.
O jogador foi para a capital paranaense comemorar o aniversário de Allana, assim como tinha feito no ano anterior, afirmou Trevisan. Daniel e o grupo saíram de uma casa noturna na noite do dia 26 e foi para a casa de Edison, onde a festa continuou.
Daniel tinha contrato até dezembro com o São Paulo, que havia emprestado o jogador ao São Bento. (Foto: Erico Leonan / São Paulo FC)
Segundo a mãe da vítima, Daniel começou a jogar futsal aos 5 anos e, desde o início, se destacava. Eliana Corrêa contou ainda que o filho era uma pessoa tranquila, calma e que tratava todo mundo bem.
"Ele foi brutalmente assassinado", disse, frisando que saber o que aconteceu não faz diferença, pois "nada vai trazer ele de volta"

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