Sabe-se que o consumo de água fora dos padrões de potabilidade pode oferecer riscos à saúde da população, causando inúmeras doenças e problemas de saúde. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA que é vinculada ao Ministério da Saúde, estabeleceu regras de captação, distribuição e padrões de qualidade da água (PRC – Portaria de Consolidação nº 5, Anexo XX). Assim, cada município deve adotar o procedimento mais adequado para o tratamento da água, em conformidade com as características locais e da rede de abastecimento em que a água é captada.
É certo, no entanto, que a população brasileira ainda hesita em relação ao consumo de água de torneira.
Conhecer de onde vem a água que se pretende consumir é essencial para saber a respeito da sua confiabilidade. A água consumida pela população na maioria das vezes é proveniente de abastecimento público ou de poços artesianos.
Abastecimento Público
A água utilizada para o abastecimento público, por sua vez, pode ser de água superficial (rios ou represas) e/ou de água subterrânea (poços). A ação do homem sobre o manancial (efluentes industriais, efluentes doméstico e contaminação por resíduos) e as deficiências no abastecimento podem comprometer em muito a qualidade da água destinada para o consumo humano. Se a água do manancial estiver poluída por determinadas substâncias, por exemplo, o tratamento a ser utilizado pela administração pública deve ser mais completo e eficiente em relação àqueles usualmente utilizados. É sabido que determinadas substâncias como chumbo, mercúrio (inorgânico), níquel, nitrato, nitrito, tálio, compostos orgânicos sintéticos, pesticidas e herbicidas, entre outras, não são removidas satisfatoriamente pelo sistema de tratamento convencional da água. Assim, as estações de tratamento de água devem ser projetadas de acordo com a origem e qualidade da água que é captada, além de respeitar legislação aplicável.
Convém também destacar que a distribuição da água ocorre por meio de canalizações/tubulações, conexões e bombas hidráulicas que percorrem as ruas da cidade, desde a estação de tratamento até o reservatório domiciliar.
Essas canalizações podem estar sujas ou oxidadas e com isso contaminar a água. Não são raras notícias na impressa alertando sobre vazamento de esgotos que ocorrem com frequência e podem contaminar a água de abastecimento. É certo, portanto, que o tratamento e distribuição proveniente do abastecimento público não é garantia de água potável.
As notícias recentes revelam que população do Rio de Janeiro, por exemplo, vive uma incerteza em relação à qualidade da água que é distribuída Companhia de Águas e Esgotos do Estado. Especialistas da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro detectaram a presença de um composto orgânico denominado geosmina, produzido quando há uma multiplicação acentuada de algas e bactérias na água. A geosmina pode indicar a presença de uma quantidade grande de cianobactérias que produzem as cianotoxinas. Cianotoxinas além dos limites máximos aceitáveis podem comprometer a saúde da população, e, por tal razão, o tratamento da água deve ser apto a remover essas toxinas. A recomendação para este caso é a utilização do carvão ativado no início do para reter a geosmina. Assim, a escolha criteriosa do tratamento e filtração a ser aplicado é fundamental para garantir a qualidade da água a ser disponibilizada à população. E o ideal para se ter garantia de água de qualidade é implementar um processo adicional de tratamento àquele proveniente do abastecimento público.
“É certo que existem vários fatores que influenciam a qualidade da água. Assim, a escolha criteriosa por parte da administração pública acerca do tratamento a ser aplicado é fundamental para garantir a qualidade da água a ser disponibilizada à população, sendo ainda recomendável um processo adicional de tratamento, como a filtração”, pontua a FUSATI, marca de filtros e tratamento de água.
Poços Artesianos
Tem-se uma enganosa impressão que todo poço fornece água mineral, livre de impurezas e pronta para beber. Ocorre que nem sempre a água proveniente de um poço artesiano está em condições adequadas para uso. Excesso de ferro e manganês são muito comuns e por essa razão também é preciso tratar a água de poço artesiano. É recomendável, no entanto, a realização de uma análise físico química da água de poço a fim de identificar o tratamento correto para purifica-la e torna-la adequada ao uso. Os valores máximos permitidos para contaminantes na água potável estão definidos na Portaria do Ministério da Saúde de Consolidação nº 5 DE 28 de setembro de 2017.
Conclui-se que diversos fatores podem interferir na qualidade da água de torneira e torna-la impropria para o consumo, como, por exemplo, tratamento e armazenamento inadequados e sistemas de canalizações sujas. O bom é que existem soluções confiáveis e acessíveis à população no mercado.
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Redação iBahia
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