A Campus Party Recife foi encerrada oficialmente domingo a noite, mas nesta segunda-feira (30), tudo ainda funcionava normalmente, mantendo a estrutura para que os campuseiros pudessem arrumar suas coisas. O evento contou com participantes de 20 estados brasileiros e oito países e 180 atividades divididas em mais de 200 horas de conteúdo. Estima-se que 60 mil pessoas estiveram presentes na área de livre acesso, onde puderam jogar videogame, assistir oficinas e palestras diversas, além dos 2 mil inscritos, dos quais, 800 ficaram acampados no evento. Campeonato de vídeo-game
Pouco antes da cerimônia de encerramento aconteceram as finais dos campeonatos de videogame nos telões do Chevrolet Hall, no Recife. Primeiro, Barcelona contra Espanha, deu Barcelona nos pênaltis; no jogo Street Fighter a vitória foi do personagem Guile, na disputa com Ryu. Os jogos contaram com a participação total dos campuseiros, que vibraram a cada gol e golpe das telonas. Entrevista A cerimônia de encerramento ficou por conta do Presidente do Instituto Campus Party, Bruno Souza, com participação rápida de Mario Teza, Presidente da Futura Networks, empresa que organiza a Campus Party pelo Brasil. Aproveitamos a oportunidade e fizemos um pingue-pongue rápido com Bruno Souza, que falou, entre outras coisas, o motivo da escolha de Recife como mais uma sede da Campus Party no Brasil.
iBahia: Por que a escolha de Recife como cidade a receber a primeira edição do evento fora do Nordeste? Bruno Souza: A Campus Party é um evento, cujo objetivo principal é mostrar as pessoas, fazer com que venham pra cá se conhecer, sair de trás de computador, mesmo que venham ficar atrás do computador aqui também. Mas que tenham a oportunidade de compartilhar e mostrar que a internet não é uma rede de computadores, mas uma rede de pessoas. A Campus Party não tem condição de ser um evento centralizado, único no mundo. Por isso que a gente trouxe da Espanha para cá e já tem em vários países da América Latina. Ela é um evento regional. Obviamente, se só tem uma Campus Party no país, como era em São Paulo, o regional é o Brasil. Mas, esse é um país muito grande, continental. Tem muita dificuldade das pessoas irem do Nordeste à São Paulo e o público da Campus é boa parte de estudante, o profissional tem o fato de ficar tanto tempo fora. Então, sempre pensamos que, no caso do Brasil, tínhamos de fazer mais de uma Campus. Desde a primeira edição (em São Paulo) o pessoal de Pernambuco sempre participou muito, organizam caravanas, ganharam prêmios, mostrando que tinha alguma coisa acontecendo aqui. Essa região tem um pique inovador: incubadoras, porto digital, universidades. E, quando o governo do estado começou a conversar com a gente e conseguimos fechar com alguns parceiros também, juntou esses fatores e a coisa começou a se tornar concreta. iBahia: Como equilibrar a parte de entretenimento com as palestras de empreendedorismo, a parte técnica e sustentável? Parece que boa parte dos campuseiros veio para se divertir, como ficam as outras áreas? Algumas pessoas que já foram a São Paulo também citaram que a edição no Sudeste é mais divertida, com mais festas a noite, por exemplo. Bruno Souza: O objetivo é fazer uma coisa multicultural, é envolver o maior número de pessoas possíveis. É claro que das quatro áreas que a gente fala aqui, inovação, empreendedorismo, inclusão digital e sustentabilidade e você pega inclusão digital é difícil falar aqui (no Chevrolet Hall) porque as pessoas já estão incluídas, isso acaba acontecendo na área Expo (gratuito). A gente faz muita discussão de como esse público pode ajudar na inclusão, mas não vai ter ação aqui, mas, sim, lá fora. Sustentabilidade também é menos visível, mas estamos com gerador movido à energia solar. As áreas mais visíveis acabam sendo inovação e empreendedorismo porque é o que essa galera quer. A área de entretenimento é a mesma coisa. Agora, a questão de não ter tanta festa, acontece o seguinte: o que acontece a noite é por parte dos campuseiros. A gente faz conteúdo numa área restrita do dia para deixar bastante espaço para as fazerem o que acham que tem de ser feito. Ainda tem o aprendizado das pessoas começarem a perceber que têm o espaço grande, durante a noite, principalmente, que as coisas estão mais tranquilas, onde se pode juntar o pessoal. A gente viu um pouco em áreas mais livres, de pessoas que já tinham ido (à outras edições), mas é a primeira vez aqui e as pessoas ainda têm de aprender a aproveitar o espaço de forma mais geral. iBahia: Ano que vem, pretende realizar mais uma edição por aqui? Bruno Souza: Pretendemos, mas temos que ver muitas coisas. Tudo tem que ser feito com muito respeito, organização. O resultado foi muito bom e perguntamos aos campuseiros se gostariam de voltar: disseram que sim. *Enviado pelo iBahia
Campeonato de vídeo-game empolgou os visitantes |
Bruno, Presidente do Instituto Campus Party, encerrou o evento e falou com o iBahia |
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