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'Estou revoltada', diz viúva de cinegrafista morto no Rio

Acusados estão presos desde fevereiro de 2014 no Complexo Penitenciário de Bangu

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19/03/2015 às 14:31 • Atualizada em 27/08/2022 às 12:21 - há XX semanas
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Arlita Andrade, viúva do cinegrafista morto durante um protesto em fevereiro de 2014 no Rio, disse que está "indignada" com a decisão judicial soltar Caio de Souza e Fábio Raposo, acusados de acender e atirar o rojão que matou o cinegrafista Santiago Andrade.
"Eu realmente estou muito magoada, eu espero que o mundo todo também se revolte, porque eu estou revoltada. Que Justiça é essa?", questionou Arlita, em entrevista ao jornal Bom Dia Brasil, do Rio de Janeiro.A filha do cinegrafista da Band também mostrou indignação através de um post no Facebeook. "Sou mais uma parcela da sociedade que passa a conviver com assassinos de um homem íntegro e justo em liberdade. É difícil, é doloroso, depois de um ano sem Santiago, a sensação de não poder fazer nada me corrói, me humilha. E lamento. Lamento não ser como os defensores, que perdoam dois assassinos, que transformaram em noites os dias de uma família com um simples voto. Se Caio e Fábio estão livres, lamento mais ainda desapontá-los, mas a minha batalha continua, até a última instância, estou preparada", disse Vanessa. Inicialmente, os réus responderiam por homicídio qualificado. Caio e Fábio estão desde fevereiro de 2014 no Complexo Penitenciário de Bangu.Os acusados devem deixar a cadeia de Bangu até o final da tarde desta quinta-feira (18). Entre as medidas cautelares impostas na decisão judicial ficou determinado o comparecimento periódico ao juízo; a proibição de acesso ou frequência a reuniões, manifestações, grupos constituídos ou não, bem como locais de aglomeração de pessoas de cunho político ou ideológico; proibição de manter contato com qualquer integrante do denominado "black blocs"; proibição de ausentar-se da comarca da capital; recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga, principalmente nos fins de semana e monitoramento eletrônico. O Ministério Público disse que vai recorrer da decisão.

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