Filhos de joalheiro entram na justiça por herança preciosa

Hans Stern faleceu em 2007 de causas naturais

Depois de terem descoberto que são filhos do miliardário Hans Stern, fundador da rede de joalherias H. Stern que morreu em 2007, dois irmãos, de 52 e 54 anos, entraram na justiça para terem direito à fortuna da família. O problema é que os quatro filhos legítimos de Hans não aceitam a possibilidade de dividir a herança bilionária e sustentam a tese da paternidade socioafetiva, afirmando que verdadeiro pai é o que cria e dá afeto, e não o biológico. O caso foi revelado pela revista “Carta Capital”, e a publicação afirma que a ação de reconhecimento de paternidade foi movida pelo dentista Milton Rezende Duarte e seu irmão Nélson (incapacitado por uma deficiência mental). O caso está sendo julgado na 2ª Vara de Família, e a sentença deve sair ainda este ano. Além dos irmãos Duarte, Hans teria uma outra filha fora do casamento, Maria Lídia, que mesmo não sendo denominada "filha", foi incluída no testamento junto com os quatro outros herdeiros. O caso corre em segredo de justiça e nenhum dos dois lados se pronunciam sobre a ação. Sabe-se apenas que os irmãos aguardam o reconhecimento da paternidade para ingressarem com pelo menos mais três outras ações: A anulação do testamento atual, medidas judiciais para preservar seus direitos e medidas para garantir a participação dos dois na sociedade da empresa. De acordo com o jornal 'O Globo', Ricardo, Ronaldo, Roberto e Rafael, os quatro herdeiros legítimos de Hans Stern, não comentam sobre o caso, mas ressaltam a tese de que Milton e Nélson não teriam direito à herança, e que a paternidade socioafetiva se sobrepõe à paternidade biológica, já que eles tiveram outro homem como pai, que inclusive, ao morrer, há 15 anos, deixou uma herança para os dois. A história veio à tona em 2008, após a morte de Hans. Adeiza Rezende, a mãe de Milton e Nélson, revelou aos filhos que eles eram fruto de um romance extraconjugal que tivera com o empresário Hans Stern. Ainda segundo a publicação, o então marido de Adeiza, Milton, morreu sem saber sobre o romance ou a possibilidade de não ser o pai de Milton e Nélson. A paternidade dos irmãos Duarte foi comprovada em julho deste ano, após um exame de DNA realizado com os herdeiros do joalheiro.