A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), do Ministério da Saúde, está capacitando cerca de 50 pessoas, de faxineiros a médicos da instituição, para atender e tratar pacientes infectados pelo vírus ebola que entrarem no Brasil. A epidemia afeta quatro países africanos e matou mais de 1,2 mil pessoas desde março deste ano. O Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI), na capital fluminense, que faz parte da Fiocruz e é responsável pelo treinamento, foi indicado como referência para receber casos suspeitos de infecção pelo vírus ebola. Duas salas do INI já estão prontas para isolamento de paciente com suspeita de contaminação. A Fiocruz reiterou que nenhum caso foi identificado no país, mas o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, explicou hoje (19), na abertura do sétimo congresso da instituição, que a fundação quer ser referência para o acolhimento de pessoas com ebola e também para o diagnóstico da doença. “As possibilidades de termos casos de ebola no Brasil são muito remotas, mas virtualmente existem e o país não pode ficar despreparado”, comentou. “Na medida em que houver esse tipo de atenção, toda a unidade hospitalar precisa saber quais são as repercussões, os fluxos, rotina e prioridades. O mesmo ocorre na área laboratorial, para que os exames sejam realizados em ambiente de segurança”, contou. Gadelha explicou que está sendo criada uma área de preparação para outras doenças emergentes globais. “O ebola traz um desafio e uma oportunidade para que evoluamos na capacitação que já temos. Então estamos fazendo o que já fazíamos, mas agora com intensidade, estrutura e abrangência muito mais robustas, que são necessárias para o país”, declarou.
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