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Fiocruz revela que desnutrição é motivo para maior hospitalização de bebês dos últimos 14 anos no Brasil

Na prática, a pesquisa explica que, em 2021, cerca de 8 crianças de até um ano foram levadas ao hospital todos os dias por falta de comida

Redação iBahia • 26/10/2022 às 6:51 • Atualizada em 26/10/2022 às 9:34 - há XX semanas

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					Fiocruz revela que desnutrição é motivo para maior hospitalização de bebês dos últimos 14 anos no Brasil
Foto: Reprodução

Um levantamento feito pelo Observa Infância, que reúne pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Unifase, através do Ministério da Saude, relevou que, em 2021, o número de hospitalizações de bebês com desnutrição no Brasil foi o maior dos últimos 14 anos. Ainda segundo o levantamento, na prática, foram oito crianças de até um ano de idade levadas ao hospital todos os dias por falta de comida.

Em números absolutos, 2.939 crianças de até 1 ano precisaram de internação no ano passado. Isso representa uma taxa de 113 internações por 100 mil nascimentos, quase 11% a mais do registrado em 2008, primeiro ano do período analisado pela pesquisa.

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Neste ano, as estatísticas seguem a mesma tendência. De janeiro a agosto de 2022, o número de internações aumentou 7%. Por dia, são quase nove crianças levadas ao hospital porque têm fome.

Segundo o G1, a situação mais complexa é registrada no Nordeste, onde o número de hospitalizações está 51% maior do que a taxa nacional. Mas o coordenador da pesquisa, Cristiano Boccolini, diz que o problema é grave em todo o país.

“A gente vê uma concentração também desses casos de hospitalização por desnutrição nas capitais, indicando que aqui mesmo no Rio de Janeiro, em São Paulo, Brasília, Belo Horizonte, grandes centros urbanos a gente tem bolsões de pobreza, bolsões de crianças que estão invisíveis ao sistema público, que sofrem desnutrição e estão sendo internadas por causa disso”, afirma Cristiano Boccolini, coordenador da Observa Infância.

O atendimento médico no SUS tem evitado o pior. Apesar do aumento das internações, a mortalidade infantil não cresceu. Mas a nutricionista da USP Ana Paula Bortoletto alerta sobre os prejuízos ao desenvolvimento de crianças com meses de vida que ficam sem ter o que comer.

“Essa criança tem consequências de desenvolvimento, e a desnutrição nessa faixa etária pode, inclusive, ser irreversível, trazendo impactos em relação a déficit de cognição, a déficit de desenvolvimento”, explica.

A ajuda é fundamental, mas os pesquisadores lembram que são as políticas públicas que têm força para reverter esse quadro cruel. “Precisamos conseguir direcionar, melhor o nosso alvo, ser mais eficientes em identificar e alcançar famílias com vulnerabilidade social”, acrescenta Cristiano Boccolini.

O que diz o Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde declarou ao g1 que no ano passado destinou R$ 345 milhões aos municípios para incentivar ações e fortalecer a atenção a crianças com menos de sete anos e gestantes com má nutrição.

O ministério afirmou também que acompanha os dados sobre alimentação infantil e que tem programas de suplementação nutricional para famílias de baixa renda.

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