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Fotógrafo atingido corre o risco de perder a visão

Sérgio Silva trabalha para a agência Futura Press

• 14/06/2013 às 19:51 • Atualizada em 26/08/2022 às 17:54 - há XX semanas

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Um fotógrafo que foi atingido por um bala de borracha no olho durante a cobertura do protesto contra altas tarifas de ônibus em São Paulo corre o risco de perder a visão. Sérgio Silva trabalha para a agência Futura Press. Balas de borracha e gás lacrimogênio foram usados pela Polícia Militar para tentar conter o protesto. Sérgio está internado no hospital Nove de Julho. O boletim médico divulgado nesta sexta-feira (14) aponta que suas chances de recuperar a visão do olho esquerdo são inferiores a 5%. "Ele está sedado e estamos providenciando sua transferência para um centro médico especializado em oftalmologia", disse Kátia Passos, mulher do fotógrafo, à Folha Online. A esposa relatou que Sérgio estava na rua da Consolação quando foi atingido. Um professor que estava com ele o socorreu. Kátia estava viajando e soube do ferimento do marido ao chegar ao aeroporto. De acordo com ela, Sérgio estava na rua da Consolação, próximo a rua Maria Antônia, quando foi atingido pelo disparo. O fotógrafo foi socorrido por um professor que o acompanhava durante a manifestação. "Cheguei a falar com ele por volta das 19h30 e ele estava bem. Logo após isso tentei mais algumas vezes às 20h e às 20h30, mas sem sucesso. Acho que foi nessa hora que ele foi atingido" O Sindicato dos Jornalistas contabiliza que 2 profissionais foram presos e 12 ficaram feridos durante a cobertura da manifestação. Uma repórter da TV Folha, Giuliana Vallone, foi atingida no olho e estampou a capa do jornal hoje. Ela fez um relato do que aconteceu. Leia o depoimento da repórter na íntegra: “Em primeiro lugar, gostaria de agradecer a todas as manifestações de carinho e preocupação recebidas dos amigos e também de pessoas que não tive a oportunidade de conhecer. Vocês são incríveis. Agora, o boletim médico: passei a noite no hospital em observação. A tomografia mostrou que não há fraturas nem danos neurológicos. A maior preocupação era o comprometimento do meu olho, que sofreu uma hemorragia por causa da pancada. Felizmente, meu globo ocular não aparenta nenhum dano. E agora, ao acordar, percebi a coisa mais incrível: já consigo enxergar com o olho afetado, o que não acontecia quando cheguei aqui. Fora isso, estou muito inchada e tomei alguns pontos na pálpebra. Sobre o que aconteceu: já tinha saído da zona de conflito principal - na Consolação, em que já havia sido ameaçada por um policial por estar filmando a violência - quando fui atingida. Estava na Augusta com pouquíssimos manifestantes na rua. Tentei ajudar uma mulher perdida no meio do caos e coloquei ela dentro de um estacionamento. O Choque havia voltado ao caminhão que os transportava. Fui checar se tinham ido embora quando eles desceram de novo. Não vi nenhuma manifestação violenta ao meu redor, não me manifestei de nenhuma forma contra os policiais, estava usando a identificação da Folha e nem sequer estava gravando a cena. Vi o policial mirar em mim e no querido colega Leandro Machado e atirar. Tomei um tiro na cara. O médico disse que os meus óculos possivelmente salvaram meu olho. Cobri os dois protestos nesta semana. Não me arrependo nem um pouco de participar desta cobertura (embora minha família vá pirar com essa afirmação). Acho que o que aconteceu comigo, outros jornalistas e manifestantes, mostra que existem, sim, um lado certo e um errado nessa história. De que lado você samba?”. Matéria original: Correio 24h Fotógrafo atingido por bala de borracha corre o risco de perder a visão

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