Sem a sinalização de uma nova proposta por parte dos bancos, a greve dos bancários completou nesta segunda-feira 28 dias. De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), 13.245 agências e 29 centros administrativos não abriram hoje. O número corresponde a 56% de adesão à mobilização e tem se mantido, sem alta nem queda.Categoria e trabalhadores já se reuniram nove vezes, sem chegarem a um acordo. Os bancos melhoraram sua proposta duas vezes: no dia 9 de setembro quando elevaram o reajuste de 6,5% para 7%; e no dia 28 de setembro, quando manteve os 7%, mas ofereceu ganho real de 0,5% em 2017. Os bancários pleiteiam 14,78% de reajuste e manutenção do emprego."Os banqueiros insistem num modelo de retrocesso. Seguem ignorando as reivindicações dos trabalhadores referente à saúde, segurança, igualdade de oportunidades e se recusam a sequer recompor as perdas salariais. Por isso, a categoria continua mobilizada por nenhum direito a menos", disse Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT.Os trabalhadores pleiteiam reajuste salarial de 14,78%, sendo 5% de aumento real e 9,31% de correção da inflação; participação nos lucros e resultados de três salários mais R$ 8.297,61; piso salarial de R$ 3.940,24; vales-alimentação, refeição, décima-terceira cesta e auxílio-creche/babá no valor do salário mínimo nacional (R$ 880); 14º salário; fim das metas abusivas e assédio moral; fim das demissões, ampliação das contratações, combate às terceirizações e à precarização das condições de trabalho; mais segurança nas agências bancárias e auxílio-educação.Os bancários entregaram a pauta de reivindicações no dia 9 de agosto. A data-base da categoria é 1º de setembro e a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) tem validade nacional. Em todo o país, a categoria soma cerca de 512 mil pessoas.
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Redação iBahia
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