Representatividade é o norte na vida de Ivan Baron, conhecido como influenciador da inclusão, o produtor de conteúdo encontrou na comunicação uma maneira de mostrar o mundo sob a visão de uma pessoa com deficiência.
Com mais de 300 mil seguidores, apenas no perfil do Instagram, Ivan mostra a rotina, muitas vezes dificultada por conta do preconceito, deixando uma mensagem de integração social e inclusão.
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O influenciador, aos três anos, foi acometido com a meningite viral e teve como consequência uma paralisia cerebral que ocasionou deficiência física e mobilidade reduzida. Apesar disso, a condição não o parou.
No Dia Nacional da Luta da Pessoa com Deficiência, ele conversou o iBahia sobre a carreira como produtor de conteúdo, além dos desafios enfrentados por pessoas com deficiência no Brasil.
Carreira na web
"Iniciei na metade do ano de 2018, no ápice dos movimentos políticos quando senti falta de alguém com deficiência falando e discutindo sobre o tipo de violência que elas sofrem. Praticamente o assunto não era nem tocado", explicou sobre o começo da carreira na web.
Deixando sempre uma mensagem sobre inclusão, Ivan utiliza do humor como uma forma de catalisador para que conteúdo chegue cada vez mais longe.
"Eu percebi que ele era a melhor ferramenta para atrair mais pessoas, não adiantava apenas passar o conteúdo cru de uma maneira que não atraísse o público", defendeu.
Poder representar as pessoas com deficiência e abrir portas por meio da web é a força que move o influenciador a continuar.
"Com representatividade mais pessoas conseguem se enxergar em locais que jamais imaginaria chegar, eu fico muito feliz em saber que sirvo como ponte para que isso aconteça. Pessoas com Deficiência durante muito tempo foram inviabilizadas e hoje isso não pode ser mais tolerado, cada vez mais portas se abram para nossa comunidade", explicou.
Caminho árduo
Atualmente cursando pedagogia, Ivan Baron conseguiu se encontrar na arte de educar e aprender. "Sempre quando eu ia contar alguma conversa para meus amigos, gostava de explicar ponto por ponto, por mais que fosse algo simples do dia a dia", disse.
"Então encontrei na faculdade de Pedagogia uma maneira de unir o útil ao agradável, aperfeiçoar minha didática e me profissionalizar como um transmissor de conhecimento, eu super me encontrei no curso que é pra vida toda", completou.
E é transmitindo o conhecimento que ele busca quebrar as barreiras restantes: "Ainda falta muito derrubar barreiras atitudinais, é o preconceito maior que eu enfrento diariamente. Desmistificar a imagem da pessoa com deficiência perante a sociedade".
"Aprendam com Pessoas com Deficiência, procurem ter mais humildade ao serem corrigidos, muito do capacitismo que é enraizado na sociedade você pode tá reproduzindo sem saber!", finaliza.
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Lucas Mascarenhas
Lucas Mascarenhas
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